Cid vota contra reforma se dizendo ao lado dos pobres

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A reforma da Previdência foi aprovada nesta terça-feira (22) por 60 votos a 19 pelo Senado Federal. Abaixo, a lista dos senadores contrários e favoráveis à proposta. Entre os dissidentes, destacaram-se Renan Calheiros (AL), único dos 13 senadores do MDB a votar contra, e Kátia Abreu (PDT-TO), única da oposição a se manifestar pela aprovação.

Pelo Ceará, somente Cid Gomes (PDT) foi contrário à proposta, comprovando sua condição de opositor de plantão ao governo. Eduardo Girão (PODEMOS) e Tasso Jereissati PSDB) foram favoráveis, entendendo o quão é importante contribuir com a quebra das amarras da economia, uma vez que a Previdência como está se constitui a pedra no caminho do crescimento.

Na avaliação de Cid, são falsos os argumentos que colocam a aprovação da Reforma da Previdência como condição para a retomada do crescimento da economia brasileira.

“Sabe quanto essa Reforma da Previdência vai permitir de poupança ao Governo Federal para que seja utilizado em investimento, que é o que efetivamente traz crescimento ao País? Zero. Portanto, o que essa Reforma faz é inibir um crescimento do déficit futuro, mas nenhum tostão do orçamento do ano que vem ou dos nove anos subsequentes será destinado a investimentos. Desfaz-se o primeiro mito”, argumentou.

O Senador criticou ainda o rentismo do País ao sistema financeiro e o lucro exorbitante dos bancos nos últimos anos, enquanto o Governo tenta resolver o equilíbrio fiscal em cima dos trabalhadores mais pobres e da classe média. Esse segundo trimestre de 2019 o lucro dos quatro maiores bancos foi quatro vezes maior do que o lucro que eles realizaram em 2014. Ou seja, no auge da crise eles quadruplicaram seus lucros, que foi de R$ 20 bilhões no último trimestre. Esse ano a projeção é de R$ 100 bilhões de lucros. Se pegasse a metade disso estava resolvido metade da economia que o governo pretende fazer com essa reforma”, defendeu.

A proposta de Reforma foi aprovada por 56 votos a 19 e ainda precisa passar por três sessões de discussão antes da votação em segundo turno. Na manhã desta quarta-feira (02) serão analisados seis dos dez destaques apresentados pelos senadores ao texto-base. Quatro deles já foram votados pelos senadores na noite de ontem.

Dentre as principais mudanças trazidas pelo projeto estão o aumento do tempo para se aposentar, aumento das alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS, atualmente de R$ 5.839, e estabelece regras de transição para quem já está contribuindo.

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