Delegacia da Mulher indicia abusador sexual contra criança de creche
“Com a certeza que minha filha foi abusada sexualmente dentro da creche onde eu achava que ela estava segura, eu irei até o fim para provar que esses casos não são isolados, como disse o prefeito Ivo Gomes”. A afirmativa é de Fabrícia Bento, mãe da menina de 3 anos de idade que foi vítima de um predador sexual dentro da Creche Terezinha de Jesus Ponte Aragão, no bairro Domingos Olímpio, na periferia de Sobral, Norte do Ceará.
Os autos do Inquérito Policial, que corria sob sigilo, foram encaminhados ao Poder Judiciário da Comarca de Sobral, na última sexta-feira (7). A delegada Adriana de Sá, responsável pelas investigações, ao longo das diligências, ouviu, além da vítima, seus familiares, a diretora da creche e funcionários da instituição. O abuso sexual foi constatado, diante dos fortes indícios, inclusive, do exame da Perícia Forense, ao qual a vítima foi submetida. Diante das provas, a delegada identificou o autor do abuso, e o indiciou por crime de estupro de vulnerável, no ataque ocorrido no dia 18 de outubro, dentro da creche Terezinha de Jesus Ponte Aragão , no bairro Domingos Olímpio, em horário de atividades.
“Assim que fui avisada do resultado do inquérito, eu corri ao Fórum para onde ele foi encaminhado, para acompanhar de perto o processo; mas lá, fui avisada que, pelo horário, as informações só estariam no sistema na próxima segunda-feira. Eu lavei minha alma com o resultado da Polícia, em afirmar que minha filha não inventou, da cabecinha dela, essa história horrível. Agora posso dizer ao senhor prefeito e a todos que duvidavam de mim, que, pelo menos, já temos um primeiro indiciado de denúncia sobre crimes sexuais nas escolas de Sobral”, afirmou a mãe da menina, emocionada.
A DDM não revelou o nome do estuprador, mas a Prefeitura de Sobral já havia afastado por 60 dias o servidor Francisco Erivaldo de Souza, auxiliar de serviços gerais, pela portaria 011/2019, publicado no Diário Oficial do Município (foto). Também foi instaurado um processo administrativo disciplinar, baseado numa sindicância.
Segundo o inspetor Dewayne Mesquita, chefe da inspetoria da Delegacia, pouco mais de 10 pessoas foram ouvidas durante as oitivas do inquérito policial. “Na conclusão das investigações, foi identificado um indiciado. Na Justiça, agora, correrá em procedimento inquisitorial. Cabe ao Judiciário decidir se vai acatar o que a Polícia Civil indicou com as investigações. Se não acatar, o processo será arquivado, e o homem será considerado inocente. Se for acatado, o culpado poderá responder em liberdade, assim como também poderá ter seu mandado de prisão decretado”, adiantou o inspetor.