Mulheres estudam mais e ganham menos no Brasil, diz a ONU

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Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a Renda Nacional Bruta per capita da mulher, no Brasil, foi de US$ 10.432 em 2018, contra US$ 17.827 do homem. O País caiu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano e foi para 79º lugar no ranking com 166 países.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta segunda-feira (9), o Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG), apontando que as mulheres no Brasil estudam mais, porém possuem renda 41,5% menor que a dos homens.

O IDG tem os mesmos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com relação a saúde, educação e renda em 166 países, apenas dividindo e fazendo uma comparação por sexo. Nesta segunda feira também foi divulgado O IDH do Pnud, O Brasil aparece na 79ª posição, com 0,761. Medido anualmente, o IDH vai de 0 a 1 – quanto maior, mais desenvolvido o país.

Com relação as mulheres o IDH mostrou que as brasileiras estão em melhores condições de saúde e educação que os homens, mas ficam abaixo quando o assunto é renda bruta.

Segundo os dados divulgados pelo estudo no Brasil, as mulheres têm mais anos esperados de escolaridade (15,8 frente a 15 dos homens) e maior média de anos de estudo (8,1 anos contra 7,6 dos homens). No entanto, a Renda Nacional Bruta (RNB) per capita da mulher, medida anualmente,  equivale a US$ 10.432 contra US$ 17.827 do homem, com base em 2018.

O IDG aponta também que no Brasil a expectativa de vida ao nascer para mulheres, de 79,4 anos de idade é maior que a dos homens que tem 72 anos. O Relatório de Desenvolvimento Humano indica, ainda, o chamado Índice de Desigualdade de Gênero (GII, da sigla em inglês), que aponta as desigualdades em três dimensões: saúde reprodutiva, empoderamento e atividade econômica. Por este índice, que quanto mais perto de 0, melhor, o Brasil fica na 89ª posição entre 162 países, com 0,386.

Chama a atenção a baixa participação de mulheres no Parlamento. Segundo o levantamento, esse valor foi de 15% em 2018. O índice é menor até que o da Nigéria, país com menor IDH do mundo, onde as mulheres ocupam 17% dos assentos no Parlamento.

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