Em resgate a brasileiros na China, até militares da FAB ficarão de quarentena

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Nesta quarta feira (5), saem do Brasil rumo à China os aviões da FAB que partirão para repatriar os brasileiros. No retorno ao país, até mesmo os militares que participarão da missão irão ficar de quarentena em Anápolis, junto dos repatriados.

A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou através de seu comandante em chefe, o presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (5) que todos os militares que participarão da missão de busca dos brasileiros que se encontram na cidade chinesa de Wuhan também vão passar pela quarentena quando voltarem ao Brasil.

O governo decidiu no último fim de semana repatriar os brasileiros que estão na cidade onde se originou o surto de coronavírus. O Ministério da Saúde já havia afirmado que os repatriados passariam por quarentena de 18 dias, na base aérea de Anápolis. Agora o presidente confirmou que a medida vai valer também para os militares.

“E o pessoal chegando, inclusive nosso pessoal da Força Aérea, mais de uma dezena de militares, quando voltar também vão passar o carnaval em quarentena. Então, é responsabilidade acima de tudo trazendo esse pessoal de lá para cá”, disse Bolsonaro.

No entanto, Bolsonaro não confirmou se os militares também passarão pela quarentena na base em Anápolis, ou se em outro local. O presidente deu as declarações ao sair do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira.

Ao ser questionado sobre se ele se sentiu pressionado a mudar de posição com relação à repatriação dos brasileiros que estão na China. Bolsonaro respondeu que o primeiro motivo para não resgatar o grupo de pronto era a falta de infraestrutura necessária.

“Não tínhamos meio de buscar, primeira coisa. É igual àquela história: pergunta pra um capitão de artilharia: Não atirou por que? Eu tenho 30 motivos pra não atirar. Qual é o primeiro? Não tenho pólvora. Era a minha situação”, afirmou.

Para o presidente Bolsonaro, desde o início do governo de Fernando Henrique Cardoso as Forças Armadas foram colocadas em uma situação “vexatória”, no que diz respeito a armamento e equipamentos.

“Não tínhamos, não temos um avião cargueiro 130 pra buscar lá. Que Forças Armadas são as nossas? Esculhambaram as Forças Armadas, bagunçaram com as Forças Armadas. Tentaram de todas as maneiras dobrar a coluna vertebral das Forças Armadas nessa questão. E agora decidi. To sem avião pra transporte aqui dentro né, mas vou no outro menor sem problema”, complementou.

Na sexta-feira (31) passada, Bolsonaro disse que não traria os cidadãos de volta ao Brasil porque “custa caro” e porque não havia lei de quarentena. No dia seguinte, sábado (1º), um grupo de brasileiros que está na China divulgou um vídeo em apelo ao presidente com um pedido de ajuda para serem repatriados.

Porém, na tarde do domingo (2), o governo federal anunciou que trará de volta todos os brasileiros que se encontram em Wuhan. Dois aviões da FAB partem nesta quarta de Brasília rumo à China para buscar os cidadãos.

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