Desemprego cai, mas informalidade sobe, aponta pesquisa do FGTS
O índice de desemprego reduziu em 16 estados em 2019, mas 20 têm informalidade recorde que ultrapassou os 50% em 11 estados da federação.
A taxa média de desemprego no Brasil em 2019 caiu em pelo menos 16 estados, acompanhando assim a média nacional, que caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% no ano passado, segundo divulgou nesta sexta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da queda no índice de desemprego no ano passado, a taxa média anual de informalidade em 2019 ficou em 41,1% da população ocupada, maior nível desde 2016, e também foi recorde em 20 estados. O indicador refere-se a soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de informalidade em 2019 foram registradas no Pará (62,4%) e Maranhão (60,5%) e as menores em Santa Catarina (27,3%) e Distrito Federal (29,6%).
Das 27 unidades da federação, 18 registraram taxa de informalidade acima da média nacional em 2019. Em 11 estados, a taxa de informalidade ultrapassou 50%. Apenas Distrito Federal e Santa Catarina tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.
A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 11,9% em 2019, conforme já tinha sido divulgado anteriormente pelo IBGE. No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desocupação ficou em 11%, atingindo 11,6 milhões de pessoas. As maiores taxas foram observadas na Bahia (16,4%), Amapá (15,6%), Sergipe e Roraima (14,8%) e as menores em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,4%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).
O estado do Ceará é um dos que compõe o grupo que tem o índice de formalidade acima dos 50%. O índice do estado que vinha crescendo desde 2016, mostrou uma pequena queda e está em 54,9%, o que ainda é considerado alto pelos especialistas.