Decreto de transição para a reabertura econômica começa a vigorar
Em live o governador Camilo Santana anunciou o decreto e garantiu que representantes do governo ainda irão esclarecer melhor sobre a retomada gradativa da economia com suas atividades.
Nesta segunda-feira (01) o Governo do Estado do Ceará dá início ao plano de retomada da economia com 17 cadeias produtivas voltando ao trabalho. O secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista, que liderou o comitê que estabeleceu as regras para o funcionamento das empresas, reforçou a importância da higiene pessoal e afirmou que as prefeituras têm autonomia para decretar regras mais rígidas no que diz respeito ao isolamento social ou retomada das atividades econômicas. Destaca também que devem ser rígidos os cuidados e a atenção em meio a aglomerações no caso da volta as atividades.
“A responsabilidade de tudo que ocorrer daqui pra frente depende de nós. Cada uma de nós pode se proteger e aos demais. As empresas podem proteger os funcionários e ajudar que os empregados protejam os colegas, as famílias e assim por diante. É por isso que locais de aglomeração continuam fechadas”, observou em transmissão na tarde do último domingo (31), juntamente com o secretário executivo de Planejamento e Orçamento do Ceará, Flávio Ataliba.
Os dois sinalizaram que o investimento do governo cearense em mais testes e UTIs reforça e dá segurança ao plano de volta ao trabalho, mas alertaram que, caso a contaminação, a ocupação dos leitos de enfermaria e UTIs e as mortes aumentem, o isolamento social volta ser mais rigoroso.
Caso o cidadão more ou trabalhe em uma das sete cidades cujo isolamento social rígido foi decretado, ele poderá voltar ao trabalho se a atividade para a qual é contratado estiver no plano de retomada. A exceção é se as prefeituras publicarem decretos próprios aumentando o rigor do isolamento. “Os prefeitos tem autonomia para definir uma restrição ainda maior ou não”, assegurou Élcio Batista, citando as cidades de Acaraú, Camocim, Caucaia, Itapipoca, Itarema, Maracanaú e Sobral.
Agendamento
Quando perguntados sobre salões de beleza, os secretários ressaltaram que este tipo de negócio só poderá funcionar com agendamento pelos clientes. “As pessoas precisam telefonar, marcando horário para evitar aglomeração. Precisamos ter cautela”, afirmou Ataliba. Já Élcio indicou que toda empresa com serviço de atendimento ao público faça o agendamento quando entrar em atividade, como a de serviços básicos (energia, água e telefone – todas fora da fase de transição).
Indagados se a retomada da construção civil incluiria as empresas de reformas, ambos asseguraram que condomínios e casas podem contratar este tipo de serviço. No entanto, as empresas do setor devem ter o cuidado de verificar se os operários apresentam algum sintoma do coronavírus na retomada, segundo o secretário-chefe da Casa Civil. “A empresa que vai com os trabalhadores para realizar essas atividades vai observar se algum funcionário tem sintoma. (Caso tenha), já isola o funcionário e informa a rede de saúde para que a gente faça o teste dele”, disse Élcio Batista.
O mesmo cuidado foi observado no caso do retorno de diaristas e empregadas domésticas. “O decreto não traz restrições, mas é superimportante que as pessoas que prestam serviço na casa de outras tenham protocolos que sejam seguidos”, alertou, aconselhando o uso constante de máscaras e álcool pelos patrões e pelos empregados.
Na transmissão, os secretários ainda ponderaram sobre atividades que não devem voltar nesta semana durante a fase de transição. Academias, assessorias esportivas e atividades com personal trainer fazem parte desta lista que continua não autorizada a funcionar em todo o Estado.
Voltam apenas os treinos dos clubes profissionais que disputam o Campeonato Cearense de Futebol.
Sobre os shoppings, as atividades só retornam a partir do dia 8 de junho, caso os indicadores de saúde não tenham aumentado. “E abriram justamente as lojas que serão permitidas, não serão todas as lojas”, afirmou Élcio Batista.
As visitas em casas de detenção também estão impedidas na fase de transição. O secretário-chefe informou que um grupo específico foi criado para acompanhar a situação dos detentos. O mesmo acontece com as linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais. Apenas o Metrofor e as linhas que percorrem as cidades da Região Metropolitana têm autorização para funcionar na fase de transição.