Wizard recusa cargo no Ministério da Saúde
O empresário Carlos Wizard que seria nomeado para a secretaria da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos informou domingo (08), que não vai mais fazer parte do Ministério da Saúde como conselheiro do atual ministro, o general Eduardo Pazuello.
Nas últimas semanas, Wizard vinha participando de reuniões na pasta sobre a pandemia do covid-19, mas não chegou a ter o futuro cargo confirmado no “Diário Oficial da União”. Mesmo auxiliando o governo por poucas semanas, Wizard entrou em seguidas polêmicas. O empresário disse em entrevista que a pasta iria averiguar a contagem dos mais de 35 mil óbitos registrados pelo próprio governo até a ocasião.
Ele acusou gestores públicos de aproveitarem a pandemia para atrair mais recursos para os seus estados e municípios e declarou que os estados estão “inflacionando o número de óbitos”. Sendo bastante criticado por não apresentar provas que confirmassem as acusações feitas pelo mesmo.
Outro tema recorrente nos poucos dias em que contribuiu com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) foi sobre a cloroquina.
“Vamos apostar 100%, seguir e defender a cloroquina”, afirmou ao jornal O Globo. Segundo o empresário, o governo já teria encomendado dez toneladas da matéria-prima para a fabricação do medicamento com a Índia.
Outra declaração dada por ele, enquanto conselheiro do Ministério da Saúde, foi de que o Brasil está vivendo “quatro guerras simultâneas”, sendo que uma delas é ideológica.
O empresário acusou opositores do presidente Bolsonaro de se oporem a políticas apresentadas pelo governo apenas por interesse político.
Wizard chegou a afirmar também que o Brasil tinha suspendido todos os contratos internacionais de compra de respiradores e que a indústria nacional daria conta da quantidade necessária para os pacientes com coronavírus.
Porém, no mesmo dia, o secretário-executivo adjunto da Saúde, Élcio Franco, afirmou que a pasta segue tentando “outros contratos com instituições fora do país”.