Por unanimidade, Alerj abre processo de impeachment contra Wilson Witzel, no Rio

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Em meio a uma investigação aberta pela Polícia Federal por suspeita de corrupção nas ações de combate ao novo coronavírus, Witzel enfrenta agora a mais grave crise política de seu governo.

Nesta quarta-feira (10) o governo do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) sofreu sua maior derrota política desde que assumiu o estado. Tragado para o centro de um escândalo de corrupção na saúde em meio à pandemia do novo coronavírus, Witzel viu a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) decidir, por unanimidade, iniciar formalmente a discussão sobre seu impeachment. No total foram 69 votos favoráveis (um deputado foi chamado e não se manifestou).

O rito para o julgamento é complexo e tem uma série de passos até o seu desfecho. O governador é alvo de 14 pedidos de impeachment, baseados em investigações do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e do MPF (Ministério Público Federal) sobre fraudes em diversas contratações emergenciais para o enfrentamento da pandemia.

O próprio Witzel e sua mulher, Helena Witzel, foram alvo de uma operação da PF autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) para investigar possível corrupção nessas contratações. A ação, batizada de Operação Placebo, foi realizada em 26 de maio e teve buscas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e no Palácio Guanabara, sede do governo.

No dia 7 de maio, o MP-RJ deflagrou a Operação Mercadores do Caos, que prendeu o ex-subsecretário executivo de Saúde Gabriell Neves, o responsável direto pelas contratações.

Sete dias depois, a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio realizou a Operação Favorito, que também apurou fraudes na saúde. Na ação foi preso o empresário Mario Peixoto —cuja proximidade com Witzel é apontada desde a campanha eleitoral— e outras pessoas relacionadas a ele.

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