Comércio varejista sofre queda de 16,8% em abril

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Com recorde em queda mensal, setor acumula queda de 18,6% em dois meses

No comércio varejista, baixo número de vendas registraram tombo recorde de 16,8% em abril, na comparação com março, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“É o pior resultado desde o início da série histórica, em janeiro de 2000, e a segunda queda consecutiva, acumulando uma perda de 18,6% no período”, informou o IBGE, que destacou que esta foi a primeira vez que a pesquisa refletiu um mês inteiro sob o quadro de isolamento social, que começou a ser adotado no país na segunda quinzena de março.
Na comparação com abril do ano passado, a queda também foi de 16,8%.
O IBGE revisou a queda do comércio em março. A queda registrada no mês foi de 2,1%, menos intensa que a divulgada anteriormente, que era de 2,5%.
No acumulado no ano, o setor passa a registrar queda de 3%. Já no acumulado nos últimos 12 meses ainda tem alta de 0,7%.
Com o tombo de abril, o patamar de vendas do comércio encolheu para uma mínima recorde, 22,7% abaixo da máxima histórica, registrada em outubro de 2014.
Até então, o ponto mais baixo do setor havia sido registrado em dezembro de 2016, quando o patamar de vendas ficou 13,5% abaixo do pico de 2014. “Ou seja, a gente ultrapassou e muito o piso”, enfatizou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Pela terceira vez desde o início da série da pesquisa, houve queda em todas as 8 atividades pesquisadas pelo IBGE. A última vez que isso ocorreu foi em janeiro de 2016. Antes, a queda disseminada havia sido registrada em julho de 2015.
O maior tombo foi no ramo de Tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), seguido de Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%).
Nos ramos de supermercados e artigos farmacêuticos – atividades consideradas essenciais e que tinham registrado alta em março – houve queda de 11,8% e de 17%, respectivamente, em abril.

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