STF pediu vacina contra a covid-19 até para familiares

STF - Supremo Tribunal Federal (Valter Campanato/Agência Brasil)
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O Supremo Tribunal Federal aumentou de 4 mil para 7 mil o número de doses de vacinas contra a covid-19 que pediu para o Instituto Butantan e a Fiocruz.

Documentos internos apontam que o Supremo Tribunal Federal (STF) aumentou o número de doses de vacinas contra a covid-19 que pediu para o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reservarem para seus servidores.

Segundo os registros, o médico Marco Polo Freitas preparou duas minutas com pedidos de vacina às duas instituições. Nas preliminares, Freitas requer menção a uma quantidade menor de imunizantes. No entanto, a versão final dos documentos, enviada pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, aos dois institutos, pede doses para 7 mil pessoas.

Em 16 de novembro, Freitas escreveu ao diretor-geral do STF um pedido de reserva de 4 mil doses do imunizante que seria feito ao Butantan. Dois dias depois, ele preparou uma minuta semelhante que seria enviada para a Fiocruz. No dia 23 de novembro, o próprio Freitas solicitou ao diretor-geral a inclusão de dependência econômica dos servidores do STF e do CNJ nos pedidos, o que foi atendido.

A Fiocruz recusou-se a atender, na semana passada, o pedido do STF de “reserva” de vacina para 7 mil pessoas.

Demitido pelo presidente do Supremo, Luiz Fux, Freitas disse que soube da exoneração pela imprensa e que não tomou nenhuma decisão sozinho.

“Respeito rigorosamente a hierarquia administrativa do Supremo. Nesses 11 anos no STF, nunca realizei nenhum ato administrativo sem a ciência e a anuência dos meus superiores hierárquicos”, escreveu o médico, em resposta enviada por e-mail ao jornal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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