Vade retro, escavadeira!

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O senador Cid Gomes concedeu ótima entrevista na edição de hoje do Diário do Nordeste. Faz boa avaliação do cenário nacional e se posiciona firme contra o movimento que luta para impichar o presidente Bolsonaro. Mas mente, descaradamente, quando trata do seu tresloucado gesto da escavadeira que ele jogou contra policiais e familiares que estavam amotinados dentro do quartel.

Cid Gomes faltou com a verdade em alguns pontos cruciais durante o evento em que ele investiu com uma retroescavadeira contra o portão do quartel militar de Sobral. Do outro lado, policiais e mulheres se posicionavam atrás de motos para resistir à agressão do senador. Ele mentiu ao dizer que o movimento era na rua, ao negar a existência de familiares de policiais no movimento e ao dar a entender que havia uma barricada montada pelos policiais na rua, a qual ele queria “romper”.

Essa mesma mentira (mais uma) já tinha sido enunciada pelo irmão mais velho, o eterno terceiro lugar nas disputas presidenciais, Ciro Gomes, para a mídia nacional. O vídeo abaixo desmonta a versão fantasiosa que os irmãos Gomes, da grande família, querem impor aos meios de comunicação. Nota-se, claramente, que os policiais estão dentro do quartel (área militar), invadido pelo senador. Mostra também o momento e identifica o policial que desfere três tiros. Irresponsabilidade dos dois dados, que poderia ter resultado em tragédia. Do policial, ainda se pode alegar legítima defesa?

Veja o vídeo:

A filmagem é feita de dentro do quartel pelo jornalista Wellington Macedo. Um dos autores dos disparos está de capacete.

Cid Gomes, que não se mostra arrependido, a não ser do ato em que pegou o sargento Ailton pelas bitacas, disse que veio a Sobral para tranquilizar. E o que fez foi tumultuar. Quis dar a entender que passou em frente ao quartel por acaso. Teria pedido para dobrar à direita na Diogo Gomes, mas foi até a outra rua, que tinha mudado de sentido.

Balela. Eu estava presente. Fomos avisados que Cid se dirigia em carreata ao quartel para o enfrentamento. Chegamos lá antes dos manifestantes, e não havia movimento na rua. Os policiais estavam do lado de dentro do quartel. Eis o trecho copiado do Diário sobre isso:

“Num dado momento”, como se fosse fruto do acaso o que já estava planejado.

No trecho seguinte, Cid Gomes tenta desmentir a realidade. Insisto: eu estava lá, presenciei tudo, ele investiu contra os policiais, avançando contra o portão do quartel. Rua não tem portão, nem quando se erguem barricada.

Barricada nas ruas de Sobral montada por policiais. Essa versão que Cid Gomes tenta fazer prevalecer não pode ser testemunhada por nenhum sobralense.

No vídeo abaixo, temos outro ângulo. Flagra-se o policiai que desferiu o muro na cara do senador. Também é vista uma mulher (havia várias delas), cuja presença no movimento é negada pelo senador.

Policiais no estacionamento do quartel ( e não na rua). Nota-se a presença feminina e o exato momento em que Cid Gomes é atingido no queixo por um murro.

Nesta foto, mostra Cid Gomes se dirigindo aos policiais, que estavam dentro do quartel. Logo depois, ele dá ultimato para que os manifestantes e retirem: “Cinco minutos, e nada mais”, disse o senador. Neste momento, sargento Ailton retruca: “O senhor não tem autoridade para isso”. Em resposta, parte para agressão, aberturando o sargento.

Taí o que Cid Gomes chamou de barricada.

Você pode acessar a íntegra da entrevista do Diário, clicando aqui.

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