Prefeitura embarga GPM em Aracatiaçu depois de construído

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O GPM foi construído com recursos dos moradores e empresários, e mesmo assim foi embargado pela Prefeitura, na quinta-feira (15). A Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), havia notado irregularidade na obra desde 2020, mesmo assim deixou a obra prosseguir, vindo a embargar somente depois de sua conclusão.

A população do distrito de Aracatiaçu, município de Sobral, estava perto de realizar o tão esperado sonho de ter de volta um Grupamento de Polícia Militar (GPM), quando a obra foi embargada pela Prefeitura de Sobral, na quinta-feira (15), depois do prédio construído. As ocorrências policiais do distrito são atendidas pelo policiamento de Taperuaba que, sequer dispõe de condições para atender um só distrito, dirá dois. O grupamento conta com três policiais e uma viatura.

O vereador representante da comunidade, Cumpade Bony, mesmo sendo um dos fieis aliados do grupo político do prefeito e defensor das ações da Prefeitura, se mostra indignado com ação. Em nota divulgade em sua rede social o vereador afirma que recebeu um Auto de Embargo em seu nome, muito embora não esteja à frente da obra. Segundo ele, a obra pertence aos moradores que contribuíram para que o projeto fosse finalizado. O que mais indigna o vereador é a falta de sensibilidade do Poder Público Municipal em frustrar o sonho da comunidade, que há muito se sente desprotegida.

Aracatiaçu, assim como os demais distritos e bairros de Sobral, já teve um grupo policial militar (GPM). O benefício que dava proteção aos moradores foram todos desativados na gestão do prefeito Leônidas Cristino, sendo o marco da disseminação da violência no município, desde então.

Nota do vereador Compade Bony:

“No dia de hoje (15.04) recebi um auto de embargo em meu nome, da obra do GPM de Aracatiacu. Por incrível que pareça, não estou à frente da obra, mas como cidadão aracatiaçuense contribui para que essa obra fosse finalizada. A obra é da comunidade, de todos os comerciantes e de todos os representantes do povo. Estou indignado com a situação, e para aumentar minha indigação, ocorreu mais um assalto na nossa comunidade. Até quando”?

Os moradores do distrito dizem não saber o que realmente aconteceu para o embargo, e que se sentem inseguros. Para eles, a segurança na localidade tem que ser prioridade. A moradora do distrito, Ana Kátia, disse que a localidade precisa de segurança, porque quase todo final de semana está tendo assaltos. “ A Prefeitura não devia ter embargado, porque os comerciantes e todo mundo daqui lutaram muito para conseguir construir o prédio, e quando ele já está sendo finalizado acontece isso”.

Moradora do distrito, Ana Kátia

A Prefeitura divulgou em nota que depois de constatar irregularidades na obra como a falta de Licença Municipal, a Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) notificou os responsáveis para que a obra fosse regularizada junto a Prefeitura.

Segue a Nota de Esclarecimento:

“A Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) de Sobral informa que após receber denúncias de irregularidades em uma obra, localizada no distrito de Aracatiaçu, constatou (in loco) que a edificação não possuía licença municipal, documento obrigatório para a construção de edificações no município.

A Seuma informa ainda que notificou os responsáveis em novembro de 2020, para que a obra fosse regularizada junto a Prefeitura de Sobral. Como a regularização não ocorreu dentro no prazo acordado, a construção foi embargada, obedecendo ao dispositivo legal em vigor.

Nesta sexta-feira (16/04), os responsáveis iniciaram os contatos com a secretaria para a regularização do processo”.

Muito embora a Prefeitura se explique, ela não se exime da culpa de não ter agido com brevidade e intervido ainda no início. Se isso tivesse ocorrido, a situação já estaria sido sanada, e agora os moradores não estariam com essa “saia justa”. O que fica claro neste e em outros aspectos é que o interesse da Prefeitura em cuidar da segurança do povo sobralense é mínimo ou inexiste.

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