Vacina da Pfizer é enviada aos estados para aplicação da 1ª dose
O Ministério da Saúde informou que a vacina será destinada para pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente.
Nesta segunda-feira (3) o Ministério da Saúde deu início a distribuição das vacinas contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech. Nesta primeira fase, estados e o Distrito Federal receberão 499.590 vacinas referentes à primeira dose do imunizante. A vacina é administrada em duas doses.
Segundo a pasta, a vacina será destinada para pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e pessoas com deficiência permanente. Entretanto, estados e municípios têm autonomia para seguir com estratégias locais.
O ministério recomenda que a vacina seja administrada em um intervalo de 12 semanas (três meses). Em nota técnica, a pasta informa que o intervalo maior foi recomendado com base em estudos feitos no Reino Unido, o país optou por aumentar o espaçamento no início da campanha de vacinação, por causa da escassez de doses.
“Com base nesses dados o ‘Joint Committee on Vaccination and Immunisation’ (JCVI), entidade assessora em imunizações do Reino Unido, orientou que o intervalo entre a primeira e a segunda dose desta vacina fosse ampliado para até 12 semanas”, diz a nota.
“Esta recomendação considerou que a vacinação do maior número possível de pessoas com a primeira dose traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente a pandemia de Covid-19”, continua o ministério.
Já a bula do fabricante diz que o imunizante deve ser aplicado em um “intervalo maior ou igual a 21 dias entre a primeira e a segunda dose”.
Em janeiro, Pfizer e BioNTech disseram não haver evidências de que a primeira injeção continuou a funcionar por mais de três semanas. “Não há dados que demonstrem que a proteção após a primeira dose é mantida após 21 dias”, afirmaram.
Também em janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou sobre o intervalo das doses da Pfizer/BioNTech. Na época, a entidade explicou que países que “vivenciam circunstâncias epidemiológicas excepcionais podem considerar adiar por um curto período a administração da segunda dose”. No entanto, a recomendação era de um intervalo de até 42 dias (seis semanas).
A Pfizer no Brasil disse que espera um posicionamento da Pfizer Global.
Veja como será a distribuição por estados:
Vacina Pfizer/BioNTech
ESTADO | NÚMERO DE DOSES |
Rondônia | 3.510 |
Acre | 1.170 |
Amazonas | 5.850 |
Roraima | 1.170 |
Pará | 14.040 |
Amapá | 1.170 |
Tocantins | 3.510 |
Maranhão | 10.530 |
Piauí | 5.850 |
Ceará | 17.550 |
Rio Grande do Norte | 7.020 |
Paraíba | 8.190 |
Pernambuco | 17.550 |
Alagoas | 7.020 |
Sergipe | 4.680 |
Bahia | 26.910 |
Minas Gerais | 50.310 |
Espírito Santo | 10.530 |
Rio de Janeiro | 46.800 |
São Paulo | 135.720 |
Paraná | 32.760 |
Santa Catarina | 17.550 |
Rio Grande do Sul | 32.760 |
Mato Grosso do Sul | 7.020 |
Mato Grosso | 7.020 |
Goiás | 17.550 |
Distrito Federal | 5.850 |
TOTAL | 499.590 |
Fonte: Ministério da Saúde
As doses da Pfizer precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Ao chegarem às salas de vacinação, as doses devem ser mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.
Por conta do curto espaço de tempo e das exigências de armazenamento, o Ministério da Saúde recomendou que as vacinas do primeiro lote fossem distribuídas entre as 27 capitais do país, “de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra”.
O primeiro lote com um milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech comprado pelo Brasil chegou ao país na quinta-feira (29). Ao todo, o governo federal tem contrato para 100 milhões de doses.
A pasta recomendou que, se possível, a vacinação ocorra em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa.