Mercado Central bloqueado por decreto leva ambulantes a se acomodarem em calçadas

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Limitados e vigiados pela Guarda Civil Municipal, os vendedores ambulantes tiveram que buscar alternativas de acomodação em praças, canteiros de avenidas, rotatórias e nas próprias calçadas das residências, onde instalam suas bancas à espera de clientes.

Para alguns desses pequenos negociantes, o lockdown significou um decreto de morte. Não é difícil encontrar nas esquinas, principalmente do centro, uma banca de frutas, de assessórios eletrônicos e diversos outros produtos. O Poder Público Municipal em nenhum momento buscou alternativas viáveis à manutenção desses trabalhadores, que reclamam de muita perseguição e desprezo.

Felizmente os comerciantes conseguem ver uma luz no fim do túnel: aos poucos a Prefeitura está autorizando o funcionamento de diversos setores, mas insiste em deixar o mercado fechado. Aos poucos o comércio está liberando de forma parcial, mas o Mercado Central e o centro comercial que compreende as ruas Ernesto Deocleciano e José Saboia continuam bloqueados para o trânsito de veículos, permitindo apenas a movimentação de pedestres.

Chico da Pedra, que já conta 40 anos na atividade de feirante, e que é dono de uma banca de frutas que atualmente está no cruzamento das ruas Viriato de Medeiros com Cel. Adeodato, disse que está tranquilo e que para ele não tem tempo ruim. “Eu vivo na bênção tanto faz fora como dentro do mercado, para mim tudo é bom”. Disse o ambulante.

O verdureito Antônio, há 25 anos no mercado disse que o movimento está fraco. “A gente emprega o dinheiro com mercadoria, mas tem que esperar para amanhã ou depois para apurar o dinheiro gasto. A gente apura um trocado e compra um quilo de arroz, um quilo de farinha e meia bandeja de ovos e vai passando. Ainda não apareceu ninguém da Prefeitura para nos dizer quando vamos voltar para o mercado e mesmo se abrir e me derem uma banca lá dentro eu não quero.” Afirma Antônio.

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