Apagão atinge Roberto Cláudio

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O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, que foi infectado pelo novo coronavírus logo no início da pandemia, está apresentando dois sintomas que podem permanecer por muito tempo depois da infeção: dificuldade de concentração e memória fraca. Só isso para justificar o apagão que abateu sua memória no sofrível texto de estreia como colunista semanal do Congresso em Foco.

Longe da Terra da Luz, deve estar com abstinência de sol ao trazer para o título a expressão “escuridão bolsonarista” para reclamar do corte de R$ 1 bilhão nas universidades. Certamente foi a sequela da covid que o fez se esquecer do corte de R$ 9,4 bilhões que o MEC sofreu em 2015, sem que ele desse um pio. Como o facão estava na mão da aliada Dilma Rousseff, sua vista foi obnubilada. Agora, é ação nefasta.

 Em São Paulo, para estudos, desde o início do ano, o distanciamento de Roberto Cláudio serviu para voltar os olhos aos valores locais. Quando governava Fortaleza, dava-se o inverso. Enquanto cientistas cearenses desenvolviam o capacete Elmo, que custaria R$ 70 mil, a Prefeitura comprou respiradores em Barueri, em São Paulo, por R$ 234 mil, com pagamento adiantado. E jamais foram entregues.

Quando alcaide de Fortaleza, Roberto Cláudio fechou os olhos para o talento cearense, que agora é exaltado no artigo. Em vez disso, foi em São Paulo, mais uma vez, que encontrou uma empresa para gerenciar o hospital de campanha erguido no PV, um campo minado por suspeitas de irregularidades por todos os cantos.

Se Roberto Cláudio classifica de nefastas as ações do governo Bolsonaro durante a pandemia, como poderíamos dizer de suas ações, desde o superfaturamento de respiradores – jamais entregues – e de itens do hospital de campanha. Como denominar a atitude de médico prefeito que manda destruir um hospital erguido a muitas custas, mesmo a ciência alertando para a segunda onda que inexoravelmente viria?

Neste novo período, já na condição de ex, viu seu aliado Camilo Santana correr atrás de UTI e até desapropriar um hospital para atender a demanda, crise que teria sido bem menor caso o hospital do PV não tivesse vindo abaixo de forma tão intempestiva e irresponsável. Quem vai pagar por isso, quem é mesmo o nefasto?

Havemos, porém de reconhecer. A administração de Roberto Cláudio não foi tão ruim quanto o texto que ele cometeu no artigo de estreia.  

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1 Resultado

  1. Nilton disse:

    Espetacular esse texto Parabéns

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