Morre no Rio o cantor e compositor Dominguinhos do Estácio
Vítima de uma hemorragia cerebral, ele estava internado desde o dia 11 de maio, no Hospital Azevedo Lima, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
O compositor e intérprete de samba-enredo Dominguinhos do Estácio morreu, na noite de domingo (30), aos 79 anos. Dominguinhos estava internado desde o dia 11 de maio, no Hospital Azevedo Lima, em Niterói e teve uma hemorragia cerebral. No último dia 20, ele precisou ser intubado.
O intérprete iria completar 80 anos em agosto. O sobrenome, Estácio, vem do bairro onde Dominguinhos morou, na Região Central do Rio. Ele começou a carreira na década de 1960, na Unidos de São Carlos. Quando a escola passou a se chamar Estácio de Sá, em 1983, Dominguinhos estava lá.
Pela Imperatriz Leopoldinense, o artista foi campeão do carnaval carioca em duas ocasiões: em 1981, com “Só dá Lalá”, e em 1989 com “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”. Ao longo da vida, ele levantou a taça de campeão do carnaval cinco vezes.
Em 2020, ele sofreu um infarto depois do desfile da Viradouro e foi do Sambódromo direto para o hospital. Além da agremiação de Niterói, ele também teve passagem pela Grande Rio. Amigos do mundo do samba começaram a se manifestar pela morte do intérprete.
“É com muita tristeza que recebo a notícia da morte do senhor Dominguinhos do Estácio. Ele é uma referência para mim. Aprendi a cantar, a conduzir sambas, com ele. Ele nos ensinou que a respiração também é música”, disse o intérprete da Grande Rio, Evandro Malandro.
“Uma das vozes mais bonitas e elegantes que já vi passar pela Marquês de Sapucaí. Uma grande referência para todos nós, cantores. Vai deixar muitas saudades. Vai com Deus”, afirmou o intérprete da Mangueira, Marquinho Art’Samba.
Dominguinhos deixa cinco filhos. Ainda não há informações sobre o enterro.