Conselho de Ética da Câmara do Rio decide pela cassação do mandato de Dr. Jairinho
Votação foi unânime — 7 votos a 0. Projeto de decreto legislativo será publicado nesta terça (29) e cassação vai a plenário na quarta-feira (30).
O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio decidiu por unanimidade, nesta segunda-feira (28), cassar o mandato do vereador Dr. Jairinho. Foram 7 votos a 0 a favor da cassação, e a reunião dos parlamentares foi a portas fechadas.
Jairinho e a namorada, a professora Monique Medeiros, estão presos acusados de matar o menino Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique. O parlamentar também responde na polícia pelas agressões e tortura de outras duas crianças.
Participaram da votação:
- Alexandre Isquierdo (DEM) – presidente
- Rosa Fernandes (PSC) – vice-presidente
- Rogério Amorim (PSL) – secretário
- Chico Alencar (Psol)
- Zico (Republicanos)
- Teresa Bergher (Cidadania)
- Luiz Ramos Filho (PMN) – relator
Alexandre Isquierdo, presidente do Conselho de Ética, falou sobre a suposta falta de espaço para a defesa de Dr. Jairinho.
“A defesa do vereador Jairinho teve amplo espaço. O próprio advogado de defesa terá um espaço de duas horas para concluir sua defesa na apresentação do Projeto de Lei para a cassação do mandato”.
“A gente, com muita tranquilidade e total imparcialidade, aprova o relatório final do vereador Luiz Ramos Filho”, disse.
Isquierdo disse que dificilmente Jairinho conseguirá manter seu mandato.
“Eu não vou falar aqui em nome dos 50 vereadores que votarão. O relatório do Conselho de Ética é bastante completo. Será bastante difícil a manutenção do mandato do Dr. Jairinho”.
O vereador Chico Alencar disse que não houve “atropelo” para o trabalho da defesa de Jairinho.
“Não houve qualquer atropelo, e sim a urgência do caso. Não houve atropelo”, disse o vereador do Psol.
Alencar falou ainda que está, ao mesmo tempo, orgulhoso e triste com a votação desta segunda-feira, e lembrou que Jairinho era titular do conselho.
“Antes do recesso, o caso escabroso. E seria vergonhoso a Câmara não não se manifestar sobre ele. Jairo Souza Júnior era titular do Conselho de Ética”, disse Alencar.
“O Conselho de Ética fez um trabalho respeitando todo o rito, e fez um relatório orientador”, disse Luiz Ramos Filho, o relator do processo.
Para a vereadora Teresa Bergher, a votação por unanimidade pela cassação de Jairinho é uma resposta à sociedade.
“Essa casa nunca viveu nada semelhante. Por unanimidade, nós aprovamos o relatório, em que nós comprovamos e confirmamos um trabalho de seriedade, com competência”.