Referência em Pediatria no Norte do Estado, HRN já atendeu mais de 160 mil crianças e adolescentes na Emergência
Na área Neonatal, são 39 leitos de Enfermaria e dez de UTIs.
Referência única de Emergência Pediátrica na região Norte do Ceará, o Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), já atendeu mais de 160 mil crianças e adolescentes. Os dados são referentes ao serviço desde seu início, em 2013, até junho de 2021. Além da Emergência Pediátrica, o HRN também conta com 30 leitos de Enfermaria e dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas.
“Somos a única Emergência Pediátrica aberta em toda a macrorregião Norte”, ressalta a coordenadora do setor, Maria Stella Monteiro. Ela explica que as crianças são atendidas e estabilizadas no serviço e, dependendo do caso, encaminhadas para Clínica, UTI pediátrica ou Centro Cirúrgico do HRN — ou para outro serviço de saúde. São atendidos pacientes de até 13 anos, 11 meses e 29 dias.
Segundo a médica, entre as principais causas de atendimento estão as quedas e os traumatismos e, de internamento, questões respiratórias e doenças sazonais (viroses). A equipe multiprofissional conta com médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos.
Na Clínica Pediátrica, segundo a coordenadora Aline Ibiapina, as doenças mais comuns para internamento são pneumonias, apendicites e gastroenterites. Em geral, as internações são rápidas, de cinco a sete dias. Ibiapina afirma que a integração dos serviços de Pediatria no HRN é fundamental para o tratamento dos pequenos. “A integração é muito importante. Temos a Emergência aberta, as cirurgias pediátricas, a Clínica e a UTI, para os casos mais graves”.
Explica
Segundo o diretor-geral do hospital, Daniel Hardy Melo, o serviço de Pediatria do HRN contribuiu para a especialização do atendimento às crianças e adolescentes. “O serviço de Pediatria não é uma novidade na região, mas a abertura do serviço no HRN trouxe um atendimento mais especializado em algumas áreas e uma ampliação de leitos, o que contribuiu para a redução das transferências”, avalia.
A coordenadora da Central de Regulação/CRESUS-Sobral, Francisca Dulcinalda de Paulo Braga, explica a relevante contribuição do hospital estadual para a atenção infantil. “O serviço de pediatria do HRN trouxe um impacto altamente relevante para a saúde das crianças da nossa região. Desde a inauguração, em 2013, o HRN se tornou a referência em Pediatria para a Superintendência Regional Norte, que atende 55 municípios”, diz ela, lembrando que todos os casos referentes à Pediatria que não são resolvidos nas regiões de Tianguá, Crateús, Acaraú, Camocim e até de Sobral são referenciados para o HRN.
Braga também destaca o trabalho realizado pela unidade durante a pandemia de Covid-19. “As equipes, principalmente as da Emergência, nesses tempos de pandemia de Covid, tiveram um trabalho super eficiente, podendo atender o mais breve possível, evitando sequelas e complicações”.
A coordenadora sublinha que o HRN vem fazendo um trabalho de matriciamento, que é “levar as informações importantes do hospital para outros municípios, para os pequenos hospitais, para a estratégia de saúde da família, que são a rede de cuidado pós-internamento tanto para os bebês que saem da Neonatologia, que nascem prematuros, como para as crianças que têm sequelas maiores”.
Atendimento:
Pela terceira vez, Francisco Kauã Oliveira Barroso, de 13 anos e seis meses, é internado no HRN. A mãe do menino, Antônia Aline Oliveira Matos, de 30, elogia o atendimento do hospital. “Nas três vezes, meu filho sempre foi bem atendido e bem recebido”.
Kauã é portador de encefalopatia crônica/hidrocefalia e foi internado na primeira vez por Covid-19; na segunda, para tratar uma pneumonia e, por último, para realizar uma cirurgia de gastrostomia, que é a colocação de um pequeno tubo flexível, conhecido como sonda, desde a pele da barriga até ao estômago. A cirurgia permite a alimentação nos casos em que a via oral não pode ser utilizada. O procedimento é seguro para crianças com lesão neurológica.