Alexandre de Moraes não tolera ser criticado nem em mesa de bar

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Alexandre de Moraes, durante sessão plenária para análise de embargos de declaração em representação, recursos ordinários e recursos especiais eleitorais referentes às Eleições 2018.
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O país chegou ao ponto de criminalizar as conversas de bar. Numa atitude inédita, autoritária, e típica de um estado policialesco, o ministro Alexandre de Moraes, sempre ele, entrou com uma queixa crime contra pessoas que faziam referências desairosas contra sua pessoa em mesas de bar, em São Paulo, na madrugada de quinta para sexta (3/9).

Mesmo sem estar presente, um dos seguranças do ministro do STF soube dos impropérios e foi até ao clube e “constatou da calçada, e, por meio da grade do clube, 4 indivíduos em uma mesa falando alto e ingerindo bebidas alcoólicas”. Segundo o BO, o agente pediu a um funcionário do clube que orientasse a todos para que “cessassem os insultos e a importunação do sossego alheio”.

Depois de acalmada situação, as ofensas foram repetidas em voz alta já fora do estabelecimento. Entre elas, “careca ladrão”, “advogado do PCC”, “vamos fechar o STF”. O agente de Alexandre volta e, com o apoio da Polícia Militar, leva até a delegacia Alexandre da Nova Forjaz.

Leia íntegra do BO.

O fato ocorreu no mesmo dia em que a Policia Federal, por ordem de Alexandre de Moraes, prendeu o jornalista Wellington Macedo, que foi encaminhado à sede da PF. N o dia seguinte, depois da audiência de custódia, o jornalista desceu para o presídio da Papuda.

Bolsonaro disse, sem citar o nome, que Alexandre de Moraes contamina a democracia. “Com toda certeza temos bons ministros lá. Agora esse um está contaminando a nossa democracia, esse um está ignorando vários incisos do artigo 5º da Constituição, e está ignorando o outro dispositivo que fala da liberdade de expressão”, afirmou no sábado (3/9), durante evento conservador.

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