CPI da Covid está insatisfeita com suspensão da compra da Coronavac

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Em busca de holofotes, a CPI da Covid, que havia perdido relevância, passou a apelar. A última é da lavra do senador Alessandro Vieira, com aprovação do G7, ao exigir, em 48 horas, a explicação do Ministério da Saúde para não mais comprar Coronava, vacina chinesa fabricada no Instituto Butantan.

A essa altura, já são muitas as informações sobre a Coronavac. E os membros da CPI teriam obrigação de conhecer. Mas não se dão ao trabalho, e aí a profusão de vexames como a do relator Renan Calheiros ao falar sobre moeda digital e citar uma tal de “creptomoeda” e “biticoio”.

O Brasil contratou100 milhões de doses da coronavac, com opção de comprar outro lote de 30 milhões, mas a nova aquisição não foi efetuada. Motivo: falta de registro definitivo da Anvisa, conquistado até agora só pelos imunizantes da Pfizer e Astrazeneca. A Janssen já entrou com pedido, ainda não concedido.

Além disso, a Coronavac apresentou a menor eficácia (50,38%), atingindo apenas o patamar mínimo para conseguir o registro. Embora a efetividade seja um pouco maior (54%), ela se reduz drasticamente (33%) para o grupo de idosos. Seu estudo para aplicação em crianças e adolescentes foi recusado pela Anvisa. Portanto não serve nem para jovens nem para idosos.

Mas o governo avisou que não tem preconceito contra a vacina do Butantan. Assim que ela obtiver o registro definitivo, volta a comprar. Nenhuma vacina tem 100% de eficácia, e toda vacina serve. Mas, se há opção entre vacinas com diferentes níveis de eficácia, a preferência deve recair sobre a que dá melhor resultado.

Na contramão desse raciocínio, agiu o governador Camilo Santana. Com mais de 10 milhões de vacinas aplicadas, o governo do Ceará comprou vacina que não serve para reforço, nem para jovens. Contratou 3 milhões de doses da coronavac, número que se reduziu para 300 mil. E ainda disse que, com essa compra vai vacinar todo o Ceará, que já recebeu mais de 12 milhões de doses.

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