Alta dos combustíveis faz motoristas de aplicativos devolverem carros alugados
Principal explicação para a queda seria a alta dos preços dos combustíveis, especialmente gasolina e etanol.
Cerca de 30 mil motoristas de aplicativos devolveram carros que alugavam para trabalhar nos últimos meses. De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), os motoristas alugavam 200 mil veículos das locadoras no início do ano passado e, hoje, o segmento aluga cerca de 170 mil.
A principal explicação para a queda seria a alta dos preços dos combustíveis, especialmente gasolina e etanol. A gasolina comum, por exemplo, que era vendida em janeiro ao preço médio de R$ 4,62, segundo monitoramento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), está sendo comercializada no país, neste mês de outubro, ao preço médio de R$ 6,27, o litro.
O litro do etanol, por sua vez, saltou de R$ 3,22 para R$ 4,82, também na média, no mesmo período. Em muitas localidades do país atendidas pelas empresas de aplicativos, os usuários têm relatado dificuldades para conseguir motoristas para uma corrida. Os aplicativos negam a falta de carros, mas as associações que representam a categoria confirmam que há uma debandada: os custos subiram e os ganhos não acompanharam. Com isso, a conta, para muitos, deixou de fechar.
Apesar do cenário, a Abla acredita que, até o ano que vem, o preço do combustível sofra recuo, o que vai possibilitar que o setor volte a ganhar impulso com o aluguel de automóveis para motoristas de aplicativos. A expectativa é que o número de veículos alugados, que hoje gira em torno dos 170 mil, aumente para até 250 mil em 2022.