Senado quer barrar Auxílio Brasil
A oposição encastelada no Senado já se prepara para detonar a PEC dos Precatórios, na qual o governo pegou carona para viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400. A justificativa é a reação do mercado (bolsa caindo, dólar subindo) que se mostrou temeroso na mudança da Lei do Teto de Gastos. O povo que lute para sobreviver a pós-pandemia.
Quem está contra e dá o tom do oportunismo e do desprezo em relação ao auxílio social, é o líder o PSB, Alessandro Molon: “Essa ideia é fiscalmente irresponsável“, disse à Folha. Mas em março do ano passado, o mesmo Molon dizia: “Tem que suspender já o teto de gastos”. Torcem pelo insucesso do país para culpar Bolsonaro.
As reformas, aceleradas na Câmara, são embarreiradas no Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que contou com o apoio do governo para sua eleição, foi mordido pela mosca azul, e quer ser presidente da República, pelo PSD, partido em que ele acaba de filiar. Não se importa com a pecha de traidor.
Reforma administrativa, reforma tributária, reforma do imposto de renda, nada disso tem avançado no Senado. E agora a PEC dos Precatórios. Além de ter enterrado a minirreforma trabalhista que permitiria a criação do programa do primeiro emprego. A reforma do IR, que iria tributar dividendos, seria suficiente para bancar o Auxílio, sem furar o teto.
O Senado é a casa dos representantes dos estados, a Câmara dos Deputados é a casa dos representantes do povo. O conceito está sendo aplicado na prática. Enquanto o povo tenta avançar as reformas, que pode contribuir para a melhora econômica e social, os estados pensam mais na arrecadação.
Para que serve mesmo o Senado?