Precatório não; pão sim
A semana foi de muito pega na Câmara dos deputados com a votação da PEC dos precatórios, que mais uma vez adiou o pagamento de dívidas da União para com terceiros. Essa ciranda de dívidas vem desde o começo do país, e algumas delas irão até o final dos tempos, uma vez que sempre há prioridades justificando os adiamentos. Desta vez é o Auxílio Brasil, uma nova versão do Bolsa Família, com mais vigor financeiro.
Com a pandemia em suas versões, as classes sociais sofreram mutações para pior: quem era médio passou a ser regular e quem era regular passou à condição de ruim ou péssimo. Melhor explicando, o classe média desceu à pobre e a pobre à miserável. O governo teria que buscar alguma alternativa para amenizar à pandemia da pobreza, que está levando pessoas ao lixão em busca de alimentos.
Como sempre acontece todas às vezes em que o pobre aspira melhorias e enxerga uma conquista aparece quem queira desviar a rota do benefício. Sim, porque para muitos, pobre é pobre e tem que ser pobre até morrer sem nada. O pobre precisa, o governo se dispõe ajudar, e ai vêm os indiferentes à todo tipo de sentimento de solidariedade e colocam a pedra no caminho. A pedra da subjeção é o entrave político e jurídico, tudo conspirando não somente contra o pobre, mas também contra o anfitrião, que ao tentar beneficiar a classe desvalida, poderá ascender à reeleição, o que seria péssimo aos planos dos abutres.
A PEC foi aprovada. Faltará dinheiro na conta dos credores do governo, contudo terá pão na mesa do brasileiro faminto.
Um novo susto de Covid
Há rumores de crescimento do número de pessoas internadas com Covid. Informações dando conta da supelotação dos leitos do HRN levou a população a uma nova sessão espanto e o prefeito a fazer ameaças de exigir, através de decreto, o cartão de vacinação em todos os estabelecimentos do município. Zorra total.
Caça aos traidores
Cid Gomes, antes o mais pacato cidadão dos Gomes, parece ter sido contaminado pelo mesmo vírus raivoso dos manos e parte para o ataque contra todos os que ousam desafiá-lo. A ameaça do senador de expulsar do PDT todos aqueles que votam na PEC de ajuda aos pobres, deixa claro que Carlos Luppi, assim como os demais chefes de partidos que eles (Gomes) arrendaram, não passam de subalternos.
O tocador de flauta
Vendo a insanidade do governador Camilo tocando flauta enquanto as facções tomam conta do Estado, remete meu pensamento ao episódio histórico em que Nero dedilhava sua harpa vendo Romar arder em chamas. O Ceará, não se enganem, é um barril de pólvora com um doido em cima fumando maconha. Só a piedade de Deus pode nos salvar, pois o governo está rendido há tempos.
Desmanche Cultural
Circula na cidade a informação, fake ou não, que a Prefeitura cedeu ao Centro Pop as instalações do ECOA (Escola de Cultura Ofícios e Artes), para ocupação dos moradores de rua. Se assim o for, Sobral ganha um novo depósito de gente e perde uma oficina de formação de artistas.
Réveillon de Fortaleza
Não será compreensível uma autorização da Prefeitura de Fortaleza para a realização da festa de final de ano, uma vez que a juventude não está vacinada por completa e as crianças ainda não tomara nenhuma dose. Uma glomeração de ao menos um milhão de pessoas num momento de insegurança como o que ainda vivemos, poderá ser uma exposição a um novo tipo de holocausto. O desejo é mesmo de festa ou de simples superfaturação em contratos de bandas e artistas?
Ciclistas sim, pedestres não
O projeto de adequação das avenidas de Sobral para beneficiar ciclistas, deixa à margem do asfalto os pedestres, que ficam na dúvida se andam sobre a grama ou se disputam o asfalto com os veículos. Esse tipo de mobilidade chega a ser estranho, como estranho é quase todo o projeto de mobilidade para pessoas com deficiência e que foram mal planejados. Falta engenharia ou inteligência?