Após impasse causado por Cid Gomes, deputados decidem dividir emendas
Nos últimos dias o clima foi tenso entre os representantes do legislativo cearense em Brasília, com a tentativa de domínio das emendas parlamentares pelo senador Cid Gomes.
Nesta semana o debate político girou em torno da falta de consenso entre os 22 deputados federais e os três senadores do Ceará, sobre o destino das emendas de bancada do Estado. Na ausência de acordo, ficou definido que os parlamentares irão dividir igualmente os cerca de R$ 213 milhões disponíveis, em cotas de R$ 8,7 milhões para cada.
O senador Cid Gomes queria o envio de R$ 180 milhões das emendas coletivas para o governador Camilo Santana (PT), com o objetivo de usar na obra do Hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e fazer repasses para a Prefeitura de Fortaleza e órgãos federais. Para isso, o senador precisava do apoio de três quartos da bancada do Estado na Câmara dos Deputados e de dois dos três senadores cearenses.
Mas o que se viu foi que sete deputados, sendo eles Danilo Forte, Capitão Wagner (Pros), Heitor Freire (PSL), Jaziel Pereira (PL), Moses Rodrigues (MDB) e Vaidon (Pros), além do governista Zé Airton Cirilo (PT), se opuseram as propostas de Cid Gomes e chegaram a chegaram a “baixar” a oferta para o envio coletivo de apenas R$ 102 milhões para a construção do Hospital da Uece.
O assunto foi objeto de amplo debate nas reuniões entre os congressistas do Estado. As tentativas de consenso ocorreram até a tarde de ontem, data limite para o envio das propostas para a Comissão Mista de Orçamento (CMO) que avaliará as emendas. O Ceará foi o último estado a formular sua proposta.