Incêndio no Parque do Cocó consumiu cerca de 20 hectares de área ecológica em Fortaleza
Os bombeiros localizaram 12 focos de incêndio.
O incêndio que atingiu o Parque do Cocó, em Fortaleza, foi debelado pelo Corpo de Bombeiros do Ceará por volta das 14h desta quinta-feira (18). As chamas consumiram cerca de 20 hectares do parque ecológico, o que equivale a cerca de 25 campos de futebol, em uma área compreendida entre as regiões dos bairros Tancredo Neves e do Lagamar. O fogo começou por volta das 18h desta quarta-feira (17).
Vários animais morreram no incêndio. O fogo matou rãs, sapos, cobras e mussuns, uma espécie de peixe comum no parque. Uma forte fumaça tomou conta de vários bairros de Fortaleza.
“Estamos trabalhando de maneira enérgica para apagar esse incêndio. Todos os focos do incêndio foram debelados às 14 horas de hoje. Agora os bombeiros militares realizam o processo de rescaldo do incêndio para resfriar a madeira das árvores queimadas, que causam a fumaça no entorno”, disse o tenente-coronel José Leandro Marinho.
Os bombeiros localizaram 12 focos de incêndio. Os primeiros ficaram próximos à Avenida Raul Barbosa, no Lagamar. Mais de 40 bombeiros militares atuaram na ocorrência. Além disso, um helicóptero da Ciopaer auxiliou no combate as chamas, lançando 64.310 litros de água através do Bambi Bucket – uma espécie de bolsa utilizada para captar água e arremessá-la sobre as chamas.
O governador Camilo Santana (PT) determinou, nesta quinta-feira (18), a apuração rigorosa das causas do incêndio. “O Cocó é um patrimônio ambiental do nosso estado e tem que ser preservado. Determinei apuração rigorosa sobre as causas do incêndio”, disse Camilo, em postagem nas redes sociais.
O governador também disse que tem acompanhado o incêndio “com muita preocupação”, e que o fogo está “em fase de controle”. “Aeronaves da Ciopaer também estão sendo utilizadas para o lançamento de água sobre as chamas”, completou Camilo.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), investiga as causas do incêndio. O secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno, afirmou que os impactos são consideráveis e que a área queimada é maior que ele viu durante sua gestão.
“Dos sete anos que estou como secretário, foi o maior incêndio que vi no Parque do Cocó. Os impactos são muito grandes. A fauna, como vocês estão vendo, foi prejudicada. Já vimos cobras, rãs e sapos que foram queimados e existe a possibilidade que existam mais. A área foi muito grande de queimada. A flora que foi mais o capinzal que fica na beira do rio. Perdemos poucas árvores, porém é parte da flora que se vai. Sem falar nesta fumaceira que prejudica a saúde das pessoas”, afirmou.