A exposição que foi organizada há dois anos, mas teve que ser adiada por causa da pandemia da Covid 19, levou muita informação e curiosidade a quem passava pela Praça do Teatro São João.

Nesta quinta feira (18) o historiador autodidata Santana Júnior promoveu uma exposição fotográfica com o tema Escravidão na praça do Teatro São João de Sobral. No mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, relembrar através de fotos este doloroso período da História do Brasil é de grande importância.

A exposição, segundo Santana Júnior, foi pensada há dois anos, mas teve que ser adiada por causa da pandemia da Covid 19. O historiador autodidata ressalta a importância de se conhecer a história do seu município e fala da dificuldade de se promover a propagação do conhecimento com poucos recursos e sem apoio do poder público.

Santana Júnior deu início à exposição com quatro telas destacando tanto a História do Brasil, abordando o início da escravidão em 1549 pelo Governador Geral, Tomé de Sousa, quanto a História do Ceará, destacando o papel decisivo do Dragão do Mar no fim do Tráfico Negreiro e por fim, falando da escravidão em Sobral.

Dentre as inúmeras curiosidades ditas por Santana Júnior, destaque para a abordagem da História de Sobral. O historiador lembra que a Igreja do Rosário foi construída por escravos em 1759 e foi sede da primeira escola particular de Sobral que, surpreendentemente, foi destinada para filhos de escravos e não para a elite branca da época. Além disso, a Igreja do Rosário serviu de cemitério, uma tradição do Brasil Colonial, e foi matriz por 19 anos (1762 – 1781) da Fazenda Caiçara, local que originou a cidade.

Santana Júnior ainda espera que iniciativas como a sua seja mais incentivadas pelo poder publico e levadas para as escolas sobralenses, oportunizando aos jovens da cidade conhecerem melhor a história de seus e de seu município.

Confira os quadros de Santana Júnior: