Mulher espera nove meses pela marcação de biópsia pelo SUS

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A dona de casa Maria Jeane, com o marido e o filho desempregado, teve que vender a TV para pagar a consulta e o exame.

Maria Jeane Sousa Frota, 47, moradora do bairro Sinhá Saboia, na travessa Dr. Zamenhof, diagnosticada com um nódulo no seio esquerdo, cansada de esperar nove meses pela marcação de uma biopsia, mesmo sem condições financeiras, resolveu fazer o exame particular, pagando R$ 900,00.

De acordo com a dona de casa, quando foi pegar os papéis no CSF Dr. Thomaz Correia Aragão, Cohab I, Sinhá Saboia, para fazer o exame particular, as atendentes da recepção disseram que não tinham encontrado. Além do custo da biópsia, teve ainda a consulta de R$ 350,00 para conseguir o novo pedido do exame.

“Fui atrás dos papéis no posto para fazer a biopsia, as meninas do balcão procuraram e não acharam, disseram que perderam. O médico que me consultou disse que o nódulo, não era maligno, mas receitou uma injeção que custa R$ 300,00 para eu tomar todo mês para que o caroço não se desenvolva. Meu marido e meu filho estão desempregados, tive que vender a TV para pagar a consulta, o exame e a injeção que custaram R$ 1.550,00” disse a dona de casa. Dona Jeane Sousa informou ainda para o Portal Paraíso que passou seis meses tomando a injeção, mas há dois está sem tomar o medicamento porque não tem mais condições de comprá-lo.

A gerente do CSF – Sinhá Saboia, Flora Lira, disse para o Portal Paraíso que a Central de Marcação de Consultas do município trabalha com fila única e cada solicitação, diariamente é avaliado por uma equipe de médicos auditores de acordo com o risco. Depois de avaliado e autorizado é enviado via sistema para o posto de origem. Sobre os papéis que não tinham sido encontrados, a gerente falou que não se perderam, estão no posto.

“A marcação é feita usando o critério de risco e não pelo tempo que está na fila de marcação. Os pacientes classificados de amarelo são de risco, verde são os poucos urgentes e azuis são os eletivos, aqueles que podem aguardar sem perigo de morrer durante a espera” disse a gerente.

Dona Jeane disse que no mutirão da campanha Outubro Rosa recebeu do posto autorização para fazer uma mamografia na Policlínica, mas não fez porque o equipamento estava quebrado. A autorização voltou para o posto e de acordo com dona Jeane, há um mês espera uma resposta. A dona de disse ainda, que quando parou de tomar a injeção passou a sentir dores na perna e no seio esquerdo, além de secreção.

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