Pequena Lo é impedida de embarcar em voo para São Paulo; entenda
A influenciadora digital Lorrane Silva, mais conhecida como Pequena Lo, está passando por uma situação bastante delicada na manhã desta sexta-feira (3/12), no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Com voo marcado para às 9h45, com destino a São Paulo, Lo foi impedida de embarcar na mesma companhia aérea, a Azul, que a levou para a cidade carioca, onde tinha um compromisso de trabalho. A empresa negou o embarque por conta de um transporte que a influenciadora usa, uma espécie de motinha que substitui a cadeira de rodas. Ela precisou deixar a aeronave para não atrapalhar a viagem dos outros passageiros.
Pequena Lo falou sobre a situação. “Estava no avião para embarcar com a minha motinha, uma Scooter à bateria em gel. Ela é acoplada, ou seja, sai, pode tirar para embarcar. Até hoje, sempre consegui viajar para todos os lugares. Quando é líquida, é mais complicado. Eles sempre me perguntam no check-in para eu avisar que é bateria a gel. Estava para embarcar. Primeiro, eles me fizeram subir a escada, não era aquele túnel, porque era voo remoto. O voo era pra sair às 9h40. Aí vi eles andarem para lá e pra cá, quando fui avisada que o comandante seria avisado sobre a minha motinha. O voo atrasou uma hora e eles nada de resolver. O comandante não queria deixar eu voar, dizendo que bateria em gel não podia. Eles queriam me embarcar mas a moto ia ficar no Rio”, explica.
E continua: “Que sentido faria? Preciso dela para me locomover. Desci do voo, minha mãe ficou constrangida. Pediu desculpas para as mais de 100 pessoas que estavam querendo viajar. Fui mal atendida. E hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Ainda fazem isso numa data que a gente luta. Senti vontade de chorar. Me senti humilhada”, desabafa a influenciadora digital.
“Tenho voz, imagina as pessoas que não têm e passam por essa situação? Elas acabam tendo que aceitar porque não têm como recorrer. Eu ainda posso mostrar isso. Quero lutar pelo direito a todas as pessoas com deficiência. Elas têm o direito de ir e vir para onde quiserem”, finaliza.
Fonte – Metropoles