O Governo do Estado destinou apenas 46% dos recursos do orçamento para aplicar no interior, quando a Constituição determina um mínimo de 50%.

Cerca de R$ 1,15 bilhões foram desviados de aplicações no interior do Estado para a capital cearense. A conta é do deputado federal Capitão Wagner, e o montante equivale a 4% do orçamento estadual. Segundo o parlamentar, o governo descumpriu a Constituição do Estado que prevê um piso de 50% para investir em cidades do interior.

As declarações foram dadas durante evento produzido pelo movimento de conservadores de Sobral, ocorrido na noite de sábado (4), no auditório do Icetel. Ele esteve presente junto com o vereador de Fortaleza Carmelo Neto.

Capitão Wagner falou da situação crítica da segurança no Estado, “o mais violento do Brasil”. Segundo ele, o Estado está sob o comando das facções. “Além disso, há uma inversão de valores: policiais são tratados como bandidos, e bandido vira herói”, disse. Também apontou que o Estado usa a policia contra o cidadão, seja nas fiscalizações, seja em eventos durante a pandemia.

Ao discorrer sobre os aspectos econômicos, falou que o Ceará é um estado rico, mas oo povo é pobre. E destacou a sanha por arrecadação de impostos, sugando o dinheiro do povo. “Até para a venda de banana, eles inventaram uma taxa. O Estado é sócio da inflação”.

Capitão Wagner denunciou a postura do governador Camilo Santana em relação à Polícia e aos adversários. Ele afirmou que uma de suas emendas destinou R$ 300 milhões para as viaturas policiais fossem blindadas para dar mais segurança aos policiais durante troca de tiros com bandido. “Os recursos estão estacionados na conta do governo, sem utilização”. Segundo ele, para não dar crédito ao parlamentar pela iniciativa de melhorar os equipamentos policiais.

Capitão Wagner fez um apelo aos apoiadores que compuseram a plateia do encontro para exaltar as boas ações, sem focar na crítica dos adversários. Nas contas dele, 90% das postagens das redes sociais fazem críticas, apenas 10% falam das boas coisas do governo. “Pouco se fala, por exemplo, que os recursos do Auxílio Emergencial, em um ano, foram superiores a 13 anos de Bolsa Família.