O que há com Ciro Gomes?
Quem conhece Ciro é capaz de profetizar que ele dificilmente permacerá na piscina, mas que irá buscar outras alternativas, já que as que tem buscado, até então, não funcionaram a contento.
Estudioso e atento expectador da política nacional, tenho acompanhado atenciosamente o desempenho do resiliente Ciro Gomes, de cujo maior sonho da vida é ser presidente do Brasil. Em sua primeira campanha, quando tudo levava a crer que ele levaria, uma reposta infeliz a um entrevistador funcionou como cadafalso de forca, para fazer nosso dito cconterrâneo despencar de um lugar privilegiado nas pesquisas, para uma posição insignificante. Era o início de uma maratona de resultasos nunca superiores ao terceiro lugar. Ciro era, até há pouco, conhecido como o candidato da terceirona, contudo, com a quase certa, entrada de Sérgio Moro na piscina, Ciro passa, desde já, a ocupar à quarta raia.
Quem conhece Ciro é capaz de profetizar que ele dificilmente permacerá na piscina, mas que irá buscar outras alternativas, já que as que tem buscado, até então, não funcionaram a contento. Nem mesmo com o gordo salário de João Santana, o mago das campanhas, Ciro conseguiu encontrar o caminho das flores, esbarrando-se repetidas vezes na pedra do caminho de Drummond.
O que os outros políticos têm que Ciro não tem? Fácil de responder: humildade. Ciro é do tipo imperialista, que acredita que uma metade do mundo é sua e tem certeza de que é dono da outra metade. Na cabeça dele cabe a falsa teoria de que Deus o fez o protótipo da perfeição, e por isso ele vive com sua metralhadora engatilhada disparando até contra colibris.
A invernada de 2022, dificilmente terá pasto para o gado de Ciro que, diferentemente do José do poema, não quer ir para Minas e sim para São Paulo, sua terra natal, tentar a sorte. A pecha de nordestino somada à outros motivos de rejeição do profissional de candidaturas justificam o desejo de Ciro em tirar a pedra do caminho, deixar de lado o discurso da mão cheia de farinha e do pedaço de rapadura e abraçar de vez a pauliceia.
Pegador de pintos
Apesar da inexistência de ações antidemocráticas no dia 7 de Setembro, o ministro Alexandre de Moraes mantém em presídios e prisão domiciliar, todos aqueles os quais ele julgou serem ameaçadores à ordem nacional. Nada mais justifica ou sustenta tais prisões e impedimentos ao direito de ir e vir, contudo, dom Alexandre, o grande, se diverte vendo os caras peados, qual jumento inavasor de roçados.
Nacotráfico em desvantagem
O tráfico, nos últimos dias, não tem se dado bem como a polícia, que mais que nunca vem tirando o poderio do narcotráfico com apreensões milionárias e prejuízos irrecuperáveis.
O balé de 340 mil
Um balé de R$ 340 mil deixou parte da população sem entender direito a ação da Prefeitura, num momento em que a fome grassa o campo e à cidade. Isso remete à Roma em chamas e o imperador Nero tocando sua lira.
Personalidade do planeta
Eleito Personalidade do Ano pela Revista Times, Bolsonaro amplia a revolta da oposição, que tudo o que quer é vê-lo distante do poder. O fechamento da porteira gerou prejuizos incalculáveis aos profissionais da corrupção.
A geladeira do Camilo
Enquanto na geladeira dos mais pobres só se vê ovo e água, a do governo do Ceará está abarrotada de vacinas. É difícil ler a mente de Camilo para conhecer quais suas verdadeiras intenções quanto à utilização dos imunizantes que, ao invés de estarem no braço das pessoas, estão virando picolés.
Novo armamento
A Prefeitura anuncia a chegada de um novo armamento para a guarda municipal e deixa uma série de interrogações na mente do povo, que gostaria de que esse armamento servisse para combater à criminalidade, que está desembestada em todo o Ceará.