Operação da PF contra Cid e Ciro ainda repercute entre aliados e opositores

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É praticamente consenso no estado do Ceará que os irmãos Ferreira Gomes (Ciro, Cid, Ivo, Lúcio e Lia) são praticamente inatingíveis pela Justiça do Estado. Entretanto, na manhã de quarta feira (15) o grupo foi surpreendido com uma operação da Polícia Federal deflagrada para investigar possíveis fraudes na obra da Arena Castelão durante a gestão do ex-governador, Cid Gomes (PDT), envolvendo também o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e seu outro irmão, o secretário de estado, Lúcio Gomes.

A operação levou a uma verdadeira mobilização entre aliados e opositores nas redes sociais, cada um cumprindo os seus papéis de ataques e defesas aos líderes políticos. O primeiro deles foi o governador do Estado, Camilo Santana (PT), saiu em defesa dos aliados políticos e levantou suspeitas em relação à operação.

“Sobre ação da PF hoje, estranhamente de investigações de uma década atrás, expresso todo o meu respeito pelos ex-governadores Ciro e Cid Gomes, grandes homens públicos, pessoas íntegras, que já prestaram e continuam prestando relevantes serviços para o Ceará e para o Brasil”, escreveu o petista.

O presidente estadual do PDT, deputado federal André Figueiredo, fez crítica ao juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, que autorizou os mandados de busca e apreensão, por ter absolvido homem que negou a existência do holocausto.

“Inadmissível ver um integrante do judiciário tomar decisões absurdas como esta contra @senadorcidgomes e @cirogomes. Repugnante ver o mesmo juiz que absolveu um neonazista, determinar um mandato de busca e apreensão descabido e intempestivo”, escreveu Figueiredo.

O principal nome de oposição no Estado aos irmãos Cid e Ciro Gomes, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) compartilhou notícia indicando envolvimento dos ex-governadores e disse: “o golpe tá aí! Cai quem quer!”. Ele também fez menção a outras acusações de supostos casos de corrupção que atingem o grupo político.

O deputado estadual André Fernandes (Republicanos) também compartilhou notícia nas redes sociais comemorando o suposto envolvimento dos adversários políticos. Ele publicou um vídeo em que solta fogos de artifício e dança em comemoração ao episódio.

Outro deputado federal que se manifestou em favor de Cid e Ciro foi Leônidas Cristino (PDT), ex-prefeito de Sobral, berço político dos irmãos. Ele, no entanto, se limitou a compartilhar hashtag de apoio: “#NaoVaoCalarCiro”.

O mote é a nota em defesa publicada pelo próprio Ciro Gomes nas redes sociais. No texto, Ciro nega qualquer ligação com fraudes envolvendo a obra da Arena Castelão e diz que a ação é um ataque à sua pré-candidatura à Presidência da República.

“Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pre-candidatura à presidência da republica. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018”, declarou.

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), prestou solidariedade a Ciro e Cid e levantou suspeitas sobre a operação. “Ciro e Cid são pessoas íntegras, que têm prestado relevantes serviços ao Ceará e ao país”, disse.

Os deputados federais Idilvan Alencar (PDT) e José Guimarães (PT) também fizeram críticas à operação.

“Meu apoio ao ex-ministro Ciro Gomes e ao senador Cid Gomes que foram alvo, na manhã de hoje, de uma estranha investigação da PF, que invadiu suas casas inesperadamente, o que mais parece constrangimento do que apuração”, escreveu Idilvan.

“Ambos foram vítimas dessa ação de anos atrás, em um total desrespeito à trajetória idônea de vidas públicas dedicadas aos cearenses e ao Brasil”, disse Guimarães.

Fonte: Ponto Poder/DN

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