Bazar tem se tornando uma saída para autônomos em Sobral

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Os bazares tem se tornando uma alternativa para muitas pessoas em Sobral que ainda vivem na informalidade e buscam driblar a crise financeira que o país atravessa. O ramo de vendas de roupas usadas tem se tornando cada vez mais forte nos bairros e no centro da cidade.

Maria Eliane (60), autônoma, todos os dias expõe suas mercadorias das 6h da manhã ao meio dia nas praças do Sinhá Saboia, bairro em que reside. No entanto, o mercado de roupas usadas ainda é muito incerto, sendo uma verdadeira gangorra no que se refere `às vendas.


Para Eliane, o melhor dia para as vendas é o sábado. Neste dia, ela se desdobra pela manhã na Praça Brasil e a tarde na praça da lavandeira. “O brechó tem se tornando uma saída para mim, no meu caso e do meu esposo que não temos um emprego formal”, diz a comerciante.

Maria Eliane , Dona de casa e autônoma.

Neste momento, vivemos em momentos difíceis e, como foi dito, muitos vivem na informalidade. Segundo o IBGE, entre os 86,7 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, 34,7 milhões eram trabalhadores sem carteira assinada, pessoas que trabalham por conta própria sem CNPJ e aqueles que trabalham auxiliando a família. Para muitas destas pessoas o bazar se transformou numas das ferramentas para tirarem o sustento de suas famílias.

Foi-se o tempo em que lojas de roupas usadas eram sinônimas de produtos velhos e com cheiro de naftalina. Os brechós estão em pleno crescimento e podem ultrapassar o varejo de moda em 2024. A pandemia pode até ter acelerado a ascensão dos brechós, mas o fenômeno começou antes – e tem a ver com uma transformação no mundo da moda.

Ana Alice da Silva , empreendedora.


Outra comerciante que está na batalha pelo pão de cada dia é Dona Ana Alice Silva (38), mãe de três filhas, moradora do distrito do Salgado dos Machados, que fica há 12 km afastado da sede de Sobral. Para se deslocar até o município, ela precisar deixar suas duas filhas menores com a mais velha de apenas 17 anos, e ir de moto com seu esposo para vender as peças de roupas usadas nas praças da cidade

“Dou graças a Deus por ter ao menos esse tipo de renda, melhor do que tá praticando coisas ilícitas e muito feliz em poder levar o sustento para minha casa. Vou me virando como posso”, diz dona Alice.


O bazar teve sua origem em tempos antigos, chegando a se tornar cenário de muitas histórias clássicas, como em “As Mil e Uma Noites”. Nos países orientais os bazares são típicos mercados públicos cobertos, considerados centros importantes para a fluência de mercadorias e diversos tipos de produtos.

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