Resultados considerados positivos incentivam a novos investimentos no setor para 2022

O Poder Público Municipal tem aproveitado os últimos dias de 2021 para finalizar ações e trazer a público o resultado do que foi executado ao longo do ano. Uma dessas prestações de contas junto a sociedade, diz respeito ao funcionamento do Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Norte (CGIRS), do qual o gestor municipal de Sobral é presidente.

A reunião sobre o CGIRS apresentou superávit financeiro, segundo dados apresentados, desde sua criação em 2019. O montante do saldo positivo é de mais de R$ 2,5 milhões, segundo destacou o secretário executivo do Consórcio, Paulo Vasconcelos. De acordo com o prefeito, “o superávit nos impulsiona a fazer mais investimentos na área. Estamos tentando fazer funcionar esse consórcio, que, diga-se de passagem, não existe em nenhum outro lugar do Ceará. É um grande desafio”, reforçou.

Localizada na CE-183, nas proximidades da BR-222, no caminho para a Serra do Jordão, a estrutura pública articulada pela Secretaria das Cidades e executada pela Superintendência de Obras Públicas (SOP), recebe e trata os resíduos de 14 municípios da Região Metropolitana de Sobral, da forma ambientalmente correta, com o mínimo de impacto possível ao meio ambiente. Ao final deste ano, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), também passa a atender a demanda oriunda do município de Jijoca de Jericoacoara, no Litoral Oeste.

No Pátio de Compostagem, os resíduos orgânicos passam pelo processo de decomposição. Lá, materiais como hortaliças, frutas, folhas e cascas de alimentos são transformados em um composto natural, que é usado como fertilizante para a conservação de áreas verdes do município. Desde o mês de julho deste ano, cerca de 800 quilos de resíduos orgânicos produzidos pelo Mercado Público de Sobral também têm sido tratados na Central. Antes, tudo era descartado como lixo comum.

Inaugurada há dois anos, a Central de Tratamento de Resíduos de Sobral é a primeira unidade deste tipo no Estado do Ceará. A obra, construída com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Governo do Estado do Ceará, na ordem de R$ 40 milhões, possui área de 102 hectares e conta com aterro sanitário com unidades de tratamento de resíduos da construção civil e da saúde, além de um pátio para compostagem. Também há a execução de serviços de disposição final de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

A finalidade da implantação da CTR, pelo Governo do Ceará, é agilizar o encerramento dos lixões, tão comuns nos municípios cearenses, além de promover a destinação adequada dos resíduos sólidos gerados pelo Estado. A iniciativa é medida prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, que reconhece os resíduos como um bem econômico e de valor social, e atribui ao Poder Público, de forma compartilhada, a responsabilidade de garantir a reutilização, reciclagem e tratamento desses materiais descartados, em sua maioria, de forma inadequada na natureza.