Violência nas escolas é tema de curso em Sobral

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As aulas, ministradas a profissionais da educação, serão realizadas pela internet.

O curso Metodologias, Práticas Pedagógicas e Tecnologias Educacionais oferta, nessa sexta e sábado (7, 8), duas aulas abordando a conversa sobre violência nas escolas e as práticas pedagógicas inovadoras que possibilitem um diálogo mais amplo sobre o tema. A partir das 14h, as aulas serão transmitidas ao vivo, pelo canal do Laboratório Digital Educacional no YouTube.

Hoje, a primeira aula terá como tema “Violências na escola: podemos conversar?”. A palestra será proferida pelo professor Harley Gomes, do Centro Universitário INTA. No sábado (8), a professora Sofia Menescal, da Universidade Estadual do Ceará, abordará o tema “Práticas pedagógicas inovadoras e desenvolvimento profissional docente”.

Violência em sala de aula é tema de debate para profissionais da área em Sobral (Foto: ilustração).

A Organização Mundial da Saúde define violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação. Os tipos de violência podem ser classificados como física, psicológica, moral, sexual, econômica e social. E os atos cometidos podem utilizar um ou mais tipos de violência.

Para a psicopedagoga, que atua em Sobral, Glaucinete Rocha, as práticas de intervenções pedagógicas e psicopedagógicas intervém diretamente no comportamento do educando. A Educação é essencial como prática contra a violência. Só que não é tão fácil de aplicar as ferramentas necessárias às mudanças”, reflete Glaucinete, e complementa. “Nós, especialistas de diversas áreas, precisamos identificar essa violência, por meio de um mapeamento, que nos dará a possibilidade de executarmos as intervenções necessárias e efetivas, na busca por melhores resultados. E já existem projetos sociais com respostas excelentes, que apontam quem são esses indivíduos, onde estão e para aonde irão seguir, com apoio da escola”, finaliza.  

Bullying é identificado em pesquisa internacional como prática comum no ambiente escolar (Foto: ilustração).

De acordo com a última edição da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), realizada entre 2018 e 2019, em 48 países, e divulgada no ano seguinte, diretores de escolas brasileiras declararam que 28% das instituições que ofertam os anos finais do ensino fundamental identificam, semanal ou diariamente, situações de violência ou intimidação relacionadas ao bullying entre os estudantes. 

Dos países que fizeram parte da pesquisa, 3% das escolas revelaram enfrentar problemas de intimidação ou ofensa verbal, também, a professores ou funcionários, ao menos uma vez por semana. No Brasil e na Bélgica, a pesquisa aponta para a incidência semanal do problema em mais de 10% das escolas participantes. A edição coletou dados de 2.447 professores e diretores de 185 escolas dos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano) e 2.883 de 186 escolas do ensino médio, das redes pública e privada.

Os números revelados pelo estudo são comparáveis internacionalmente e refletem questões relacionadas à aprendizagem e às condições de trabalho desses profissionais em diversos países. As informações são apuradas por meio de questionários que, no Brasil, foram aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com as secretarias estaduais de Educação.  

As atividades relacionadas às aulas desses dois dias, para os profissionais da educação de Sobral, fazem parte de um conjunto de ações iniciadas na primeira semana de agosto do ano passado, com aulas presenciais, abordando os mais variados temas práticos e teóricos, como gamificação e o uso da comunicação não violenta em sala de aula, letramento digital e tecnologias educacionais para avaliação.

Com carga horária de 180 horas, o curso é promovido pela Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Laboratório Digital Educacional (LDE). São parceiros na realização, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e a Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria da Educação.

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