Insossa ou salgada

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O que se escutava dos antepassados e que se traz como experiência para a existência é que ‘em panela que muitos mexem a comida sai insossa ou salgada’. Muito embora já tenha virado chavão, a frase define o modelo torpe como o Brasil vem sendo administrado. Para quem já foi monarquia e república passar à ‘casa de mãe Joana’ causa espanto, estranheza e até insegurança. Acrescente-se ao novo modelo o provérbio português que diz que ‘onde muitos mandam ninguém obedece’ e procure tirar conclusões.

Ainda é incompreensível a alquimia que fez com que o STF saísse de sua “caixinha” e assumisse às rédeas da Nação, ignorando os poderes constituídos e legitimados pela Constituição. É ridícula a posição do chefe do Executivo e do Legislativo diante de tal façanha. Chega a ser humilhante a submissão a que ambos se submetem. Os ministros do STF travestidos de “Cavaleiros do Apocalipse”, ditam regras, burlam princípios, ignoram leis e pisam na Constituição.

Chefiados pelo ministro Alexandre, a turma do supremo virou o suprassumo da mediocridade, da insensatez e do descalabro, chegando a adotar a seu bel prazer uma réplica da famigerada inquisição. O descaramento ultrapassa todos os moldes e limites da legalidade. O comportamento do STF, desde quando Bolsonaro assumiu o governo, é indecifrável. O poder arbitrado já chega a intimidar a voz das ruas. O país está calado, intimidado e seus filhos sendo presos sem direito a julgamento prévio ou sentença determinada.

A panela que cozinhava na trempe Executivo, Legislativo e Judiciário, ganhou um novo cozinheiro que, de pronto, se ordenou chefe de cozinha e se fez responsável pelo pirão e o cinturão. Enquanto isso tudo acontece, as “forças”, que se diziam reguladoras da harmonia entre os poderes, descansa em berço esplêndido, indiferente ao ponto insosso ou salgado da comida.

Iceberg do Ceará

A Galvão Engenharia, alvo de investigação por pagamento de propina nas obras do Castelão, também foi favorecida na construção do Centro de Formação Olímpica. Descobriram, no Ceará, a ponta do Iceberg que afundou o Titanic.

Sobral é doce

O crescente número de casos que tem sido atribuído à nova variante Ômicron, de alta transmissibilidade, embora de pouca letalidade, tem preocupado aos sobralenses. O temor precoce faz sentido, uma vez que Sobral tem sido o bico doce dos vírus.

De volta ao aconchego

Diante do aumento de casos de Covid-19 no Distrito Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF), que tudo pode e em todos manda, permitiu a adoção do regime de tele trabalho para servidores até o dia 31 de janeiro.

Fundeb para todos

Diferente como acontecia em outros governos, o rateio do Fundeb, alcança agora a todos os servidores da Educação. O novo modelo trouxe descontentamento para muitos professores, acostumados a repartir o bolo somente na docência. É jeito de ser Bolsonaro.

Desorientado

O vice-prefeito de Fortaleza Élcio Batista deu uma aula da babaquice ao afirmar que a violência urbana de Fortaleza parte das desavenças de vizinhos. Ele precisa ser apresentado às facções e andar pela periferia para conhecer o outro lado da moeda. Vice é vice.

O silêncio dos Gomes

Ainda sob investigação e suspeição, os cabeças do clã Ferreira Gomes se mantêm retraídos, tal qual um peixe quando vê o anzol e foge para a loca. Pode tudo não dar em nada, mas que eles calaram, calaram.

A briga pela terceira via

Mesmo sob a pecha de frouxo, Sérgio Moro não se mostra disposto a encarar Ciro Gomes num debate. Sem saber o que se passa no mundo das gestões, o ex-juiz é um cágado e Ciro uma piaba.

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