Plantas medicinais: municípios cearenses aderem ao programa Farmácia Viva
A proposta da Secretaria da Saúde do Estado é ampliar o conhecimento e o acesso aos benefícios de tratamentos fitoterápicos.
Reconhecidas pela ciência, as plantas medicinais são fortes aliadas na recuperação de algumas doenças, como gripes, resfriados e tosse, por exemplo. Administradas logo no início dos sintomas, algumas ervas antivirais e bactericidas podem amenizar os efeitos danosos ao corpo. Para ampliar o conhecimento e o acesso da população aos tratamentos fitoterápicos, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) possui em seu horto 30 espécies de plantas medicinais.
Localizada no bairro Messejana, em Fortaleza, a Farmácia Viva recebe pessoas, por meio de agendamento e fornece as orientações para preparação dos medicamentos caseiros e seu uso correto. “No horto, todas as plantas têm eficácia científica. No local, ensinamos a população a reconhecer as plantas medicinais e orientamos sobre cultivo e uso adequado”, explica a farmacêutica da Sesa, Andrea Ramalho.
O Ceará tem em sua Relação de Plantas Medicinais, insumos para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Na lista estão o açafrão, agrião-bravo, alecrim-pimenta, alfavaca-cravo, aroeira do sertão, babosa, cajazeira, capim-santo, chambá, colônia, confrei, cumaru, erva-cidreira, eucalipto-medicinal, funcho, gengibre, goiabeira-vermelha, guaco, hortelã-japonesa, holmes, hortelã-rasteira, malvarisco, malva-santa, maracujá, mastruço, melão-de-são-caetano, mentrasto, mororó, pau d’arco roxo, quebra-pedra e romãzeira. A composição da relação foi elaborada pelo Comitê Estadual de Fitoterapia, em 2012.
Em março do ano passado o Diário Oficial do Estado (DOE) fez o chamamento público para implantação de Farmácias Vivas nos municípios cearenses. Até o momento, 39 cidades aderiram à proposta. A coordenadoria de Políticas de Assistência Farmacêutica (Copaf) da Sesa pretende executar o projeto até dezembro deste ano.
Os primeiros municípios que farão parte da iniciativa são Aiuaba; Alcântaras; Aracoiaba; Aratuba; Baturité; Banabuiú; Beberibe; Bela Cruz; Camocim; Canindé; Caridade; Catunda; Crateús; Crato; Eusébio; Fortaleza; Guaiúba; Maracanaú; Horizonte; Ibiapina; Iracema; Irauçuba; Juazeiro do Norte; Lavras da Mangabeira; Limoeiro do Norte; Maranguape; Meruoca; Nova Russas; Paramoti, Pentecoste; Pereiro; Quixeré; Reriutaba; São João do Jaguaribe; Solonópole; Tabuleiro do Norte; Trairi; Varjota e Várzea.
De acordo com Andrea Ramalho, além do horto da Sesa, o Ceará conta com o horto Professor Francisco José de Abreu Matos, localizado no campus do Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC). Lá, os trabalhos são desenvolvidos de forma integrada. “As mudas certificadas de plantas medicinais são repassadas do horto, na UFC, para o horto oficial do Estado, que realiza o apoio técnico-científico para implantação e implementação de unidades de Farmácias Vivas nos municípios cearenses”, finaliza a farmacêutica.