Jair Bolsonaro não prevaricou no caso Covaxin, conclui inquérito
Em 21 de janeiro, a ministra Rosa Weber, presidente em exercício do Supremo, cobrou a Polícia Federal sobre o andamento do inquérito.
A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal um relatório final no qual afirma que não há crime de prevaricação de Jair Bolsonaro (foto) no caso Covaxin.
“Não há, nesse rol, um dever funcional que corresponda à conduta atribuída na notícia-crime ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro. De qualquer modo, no contexto dos fatos aqui considerados, ainda que não tenha agido, ao Presidente da República não pode ser imputado o crime de prevaricação. Juridicamente, não é dever funcional (leia-se: legal), decorrente de regra de competência do cargo, a prática de ato de ofício de comunicação de irregularidades pelo Presidente da República”, disse.
Segundo o relatório, “é legítimo, do ponto de vista da opinião pública, esperar que a principal autoridade pública da República, numa situação como a que foi trazida ao conhecimento deste Supremo Tribunal Federal pelos Senadores da República, manifeste, de algum modo, um agir”.
“Mas, mesmo assim, na hipótese de omissão, tal conduta se aproximaria mais de uma ausência do cumprimento de um dever cívico, mas não de um desvio de um dever funcional. É bom que se esclareça. Não é que o Presidente da República não possa ser sujeito ativo do crime de prevaricação. Pode. Mas, tão somente, se e quando envolver as suas competências legais, previstas na Constituição Federal”, afirmou.
Em 21 de janeiro, a ministra Rosa Weber, presidente em exercício do Supremo, cobrou a Polícia Federal sobre o andamento do inquérito que apura suposta prevaricação de Jair Bolsonaro nas negociações de compra da vacina indiana Covaxin. Em novembro, a ministra prorrogou a investigação por 45 dias.
Em julho, a ministra determinou a instauração de inquérito para investigação das denúncias apresentadas à CPI da Covid, que indicam que Bolsonaro não tomou providências diante de suspeitas de ilegalidades na compra de um lote de 20 milhões de doses da vacina indiana.
(*) Informações o antagonista
G.L