Moro critica Camilo por condução de greve da PM

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Sergio Moro afirmou, em Juazeiro, que, como ministro da Justiça, socorreu o estado do Ceará em dois momentos de crise na área da segurança pública.

Em visita ao Ceará pela primeira vez desde que se tornou pré-candidato à Presidência, Sergio Moro (Podemos) criticou neste domingo (6) a condução do governador Camilo Santana (PT) nas negociações que puseram fim ao motim dos policiais militares, no início de 2020.

Segundo o ex-ministro da Justiça, a pasta comandada por ele “atendeu o Governo do Estado na ocasião e deu as condições necessárias de segurança à população para que se pudesse negociar uma saída da greve”.

 “Eu acho, no entanto”, continuou Moro, “que isso não foi muito bem-feito, essa negociação, e gerou um certo impacto, um certo desapontamento das forças policiais em relação ao governo e isso se refletiu no aumento dos índices de criminalidade durante o ano de 2020 e ainda 2021”.

Ainda de acordo com o ex-juiz, os dados de violência no Ceará cresceram depois de sua saída do Ministério da Justiça, período durante o qual “nós realizamos aquela intervenção e viemos em socorro ao Governo do Estado”.

Moro também citou episódio de crise de segurança na esteira da atuação das facções criminosas no território cearense. “Durante meu período como ministro da Justiça, enfrentamos aqui duas crises de segurança, uma primeira provocada em janeiro de 2019 pelo crime organizado, aí o Ministério da Justiça veio rapidamente e socorreu o estado naquela situação difícil”, relatou o pré-candidato.

Moro acrescentou: “A gente mostrou que, quando o governo é firme, quando reage, a gente consegue resolver os problemas e intimida essa criminalidade”.

O ex-juiz então enumerou ações que, no posto de ministro, coordenou para solucionar a crise, “não só conseguindo debelar, enviando Força Nacional e tirando as lideranças criminosas da região e levando para presídios federais, como ajudando com a força-tarefa de intervenção penitenciária”.

Agora pré-candidato ao Planalto, o nome do Podemos fez discurso que se aproxima do de Capitão Wagner (Pros), cuja principal crítica a Camilo se situa justamente no âmbito da segurança pública.

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