Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém

Compartilhe

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.”
1 Coríntios 6:12

Um dos trechos mais conhecidos da bíblia nos traz a afirmação “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. A busca por compreender essas palavras nos leva, quando entendida de modo simplista, a ideia de que embora possamos escolher entre uma diversidade de coisas, nem todas são boas.

Desde as situações mais simples até as mais complexas que nos são postas ao longo da vida envolvem nosso poder de escolha. O homem pode optar por qual caminho seguir, o que quer ou não fazer, e isso deve ser sempre feito com parcimônia.

É necessário reflexão e sabedoria para compreender porque mesmo podendo alcançar a tudo, se deve medir seu comportamento, optando apenas por coisas específicas.

Ter tudo ao seu alcance não é sinônimo de que tudo lhe fará bem. É importante separar as coisas de modo sábio, buscando vivenciar cada uma de suas experiências do melhor modo possível, e através das decisões adequadas para seu próprio bem estar.

Se em um primeiro momento este entendimento possa parecer complexo, ao lermos atentamente este trecho bíblico, buscando compreende-lo não somente em relação ao período histórico em que foi escrito, mas relacionando-o com a realidade atual, entende-se sua importância e aplicabilidade na vida de cada sujeito cristão.

Viver conforme os ensinamentos de Deus, em tempos antigos ou hoje, é viver compreendendo que possuímos liberdade, mas devemos saber fazer uso dela.

O contexto dos fatos descritos e que permeiam a compreensão deste trecho nos apresentam o entendimento de que todo ser humano possui liberdade para viver sua vida conforme acreditar ser o melhor, porém esta não deve ser utilizada para atos que o conduzam ao pecado.

Quando esta linha é citada, esta o é para o povo da igreja da cidade de Corinto, uma vez que o povo desta localidade estava vivendo através de atos pecaminosos, causando problemáticas a estes relacionadas e atrelando este comportamento a possibilidade de escolha, ou seja, aplicando a liberdade do homem enquanto uma desculpa para o pecado.

Diferente do que realmente ocorre, o povo da igreja havia compreendido que a liberdade junto a Jesus envolvia o direito de comportar-se conforme o próprio julgamento, sem que estes resultassem em consequências, as quais nem sempre são desejáveis.

O versículo, assim como os ensinamentos bíblicos, vem para apresentar a compreensão de que a liberdade existe e, portanto, tudo é lícito para o homem, porém nem tudo deve ser feito. É preciso medir o próprio comportamento, pois suas ações não são livres de consequências.

A palavra “lícito” é um sinônimo de permitido e, consequentemente, quando dizemos “tudo me é lícito” falamos a respeito da possibilidade de escolher o que quisermos, pois tudo é permitido.

Sabemos que o homem é constantemente posto diante do pecado, sendo escravizado por este, entretanto através do sacrifício de Jesus por todos, tornou-se possível a constante busca pela verdadeira liberdade.

Mais do que livre para escolher o que compreende como o melhor para a própria vida, o homem deve buscar o caminho para ser realmente livre, o que envolve a prática de comportamentos que busquem a postura correta conforme os ensinamentos do Senhor.

A liberdade de escolha existe, portanto, como um meio de permitir ao sujeito utilizar de sabedoria para aprender o que lhe convém, sendo isto a busca constante por uma vida livre do pecado e constantemente mais próxima de Deus.

Ser livre é a busca continuada em prol de uma postura que agrade a Deus, vivendo com comportamentos voltados ao amor que se tem a Ele. Este caminho pode se mostrar difícil, envolvendo a luta constante com o pecado e as consequências que este traz consigo, mas o fazê-lo com zelo é compensador ao final da estrada, possibilitando a entrada do fiel ao reino do Senhor.

Ainda que o homem possa viver conforme preferir, uma vez que tudo pode fazer, é indispensável que o faça tendo consciência de que nem tudo convém dada as consequências resultantes de seus atos.

Quando a postura volta-se para comportamentos pecaminosos as consequências obtidas através destes não são aprazíveis ao sujeito e, considerando isso, não convém praticá-las.

A vida baseada no pecado ofende a Deus, coisa que o verdadeiro cristão não busca fazer. A escolha existe para que seja possível ao fiel optar pelo caminho que mais o aproxima do reino dos céus.

Quando alguém cita este trecho bíblico, enfatizando que “nem tudo convém”, menciona claramente a relação entre o ato pecaminoso e suas consequências. Escolher algo que não convém diz respeito a optar por algo que o coloca cada vez mais dominado pelo pecado e longe da vida cristã.

Ser cristão é utilizar da própria liberdade para optar por coisas que convém, sendo estas não só em curto prazo, mas também buscando coisas boas no seu futuro. Melhor que ceder ao pecado é viver longe de seu domínio, buscando constantemente viver conforme os mandamentos da bíblia.

A possibilidade de escolha está presente na vida diária, em cada situação vivida pelo homem, possibilitando que através da sabedoria e entendimento de que nem tudo convém, este opte por viver através do amor, buscando constantemente a Cristo.

Conclusão: Temos a liberdade de administrarmos a nossa vida, por isso, podemos fazer todas as coisas. Mas é precioso selecionarmos aquilo que convém fazer, seguindo os conselhos da Palavra de Deus.

Você pode gostar...

1 Resultado

  1. Bianca disse:

    Concordo plenamente, amém

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content