Período de chuvas chama atenção para doenças respiratórias e virais
Pediatra alerta para os sintomas e o atendimento médico no que se refere à viroses
Coriza, dor de garganta, febre, tosse e desconforto durante a respiração, podem ser considerados sintomas de um quadro viral respiratório. Não é à toa, que, pouco tempo antes do início das aulas da rede municipal de ensino de Sobral, a data tenha sido remarcada para o dia 1º de fevereiro. À época, os postos de saúde e a UPA 24H tiveram um aumento no número de atendimentos, tanto em crianças, quanto em adultos, por conta dos sintomas se parecerem com os apresentados pela Covid-19.
Anualmente, no período de chuvas, que no Ceará são mais intensificadas entre os meses de fevereiro e maio, há um aumento de demandas de crianças com viroses respiratórias e gastrointestinais. Casos com sintomas mais leves podem ser tratados em casa ou nas unidades básicas de saúde, orientam médicos, enquanto casos graves devem ser levados para as emergências. O setor pediátrico do Hospital Regional Norte (HRN) é referência nos atendimentos de maior complexidade na Zona Norte.
A orientação básica é que, caso a criança esteja bem alimentada e com leve coriza, pais ou responsáveis devem observar o desenvolvimento da doença. Um sinal de alerta de que os pequenos devem ser conduzidos a um serviço médico é se houver febre associada a outros sintomas como falta de apetite ou se apresentar desconforto respiratório. “O médico é quem vai desenhar a melhor conduta para aquele momento”, acrescenta a coordenadora médica da Emergência Pediátrica do HRN, Maria Stella Monteiro.
Para evitar doenças respiratórias, a orientação é manter a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%; evitar aglomerações; usar máscara em crianças maiores de dois anos; e manter atualizada a caderneta de vacinação.
Em relação ao quadro gastrointestinal, os sinais mais comuns são náuseas, vômitos, diarreia com ou sem sangue, febre e falta de apetite. A presença de sangue nas fezes, febre, vômitos repetidos, falta de apetite e escassez de urina indicam que a criança está desidratada. Até levar o filho para o atendimento médico, é necessário hidratá-lo e, se necessário, dar algum remédio para febre. “Se a criança está vomitando, posso oferecer pequenas quantidades de água e procurar atendimento médico”, indica a médica Stella Monteiro.