Brasil tem estoque de fertilizante até outubro
A ministra da agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o estoque de fertilizantes do Brasil vai até outubro. “Tem estoque de passagem para chegar até a próxima safra, em outubro deste ano”.
A ministra afirmou que a situação no Leste Europeu é preocupante e acompanhada com cautela pelo Ministério da Agricultura principalmente pelo fato de o país ter forte dependência de importação de alguns fertilizantes. De acordo com ela, o maior problema do país é o potássio, com mais de 90% do consumo nacional importado.
Esse é o produto que temos mais preocupação, e por isso já estávamos articulando com outros países produtores de potássio, como o Canadá, que é o maior produtor. Eles estão reativando minas porque outros países, inclusive o Brasil, vai precisar cada vez mais desse fornecimento do Canadá, disse a ministra. A expectativa é que a ministra faça viagem para o país já em 12 de março, na expectativa de garantir mais quantidade de potássio de origem canadense e consiga diminuir a dependência da China.
Produção em território nacional
Graças às leis ambientalistas, o Brasil, um dos maiores países do mundo em extensão territorial, é completamente dependente do mercado externo de elementos que poderiam ser obtidos facilmente por aqui. De acordo com Tereza Cristina, um plano nacional sobre a política de fertilizantes vem sendo elaborado. O novo programa deve ser anunciado até o dia 17 de março e irá conter soluções para a adequação de leis, questões tributárias e licenças ambientais que permitirão uma maior exploração de fertilizantes no Brasil. “Estamos trabalhando para ter o menor dano possível e o Brasil caminhar para cada vez mais ter produção interna porque isso nos dá garantia de segurança alimentar e segurança nacional da produção”, afirmou.
Aumento de preços
Tereza Cristina considerou que ainda é cedo para dizer se os preços irão aumentar no mercado nacional ou não. “Isso vai depender do momento que estamos vivendo, então é muito cedo para a gente pregar dificuldade ou facilidade. O que temos que ter são planos para suprir o mercado brasileiro, para que o nosso povo seja abastecido”, considerou a ministra.