Piso dos professores: Diretor de escola ameaça mandar cortar oxigênio do pai de uma professora, diz sindicato

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Ameaças e pressão contra os professores não foram suficientes para abafar o movimento. Professores reivindicam aumento do piso salarial.

Apesar de fortes pressões por parte da Prefeitura, cerca de 300 professores se concentraram na sede do Sindicato dos Servidores para reivindicar o reajuste de 32% sancionado pelo presidente Bolsonaro. O prefeito Ivo Gomes indicou que vai garantir o piso, mas com um reajuste bem menor: 21%.

A mobilização foi marcada por uma passeata pelas ruas da cidade e uma série de denúncias de pressão contra professores para que não participassem do movimento. Uma delas é muito grave. Tanto o presidente do sindicato quanto a vice, Gilcélio Paiva e Mousiely Soares, respectivamente, afirmaram no carro de som que um diretor de escola ameçou cortar o oxigênio do pai de uma professora que se encontra hospitalizado.

“Teve absurdos de ameaça. Teve uma escola, agora de manhã, que o diretor ameaçou ligar para a Secretaria da Saúde, isso é um absurdo, e cortar o oxigênio do pai de um professor. Isso é um absurdo. Onde Estamos? “Teve mensagem que deu conta de que quem fosse temporário que tivesse no ato de hoje ia ter demissão sumária. Isso não é democracia. A democracia é deixar cada um se posicionar, dá sua opinião e protestar. Teve outro caso que quem tivesse pleiteando a ampliação definitiva ia ser indeferido”. Disse Gilcélio Paiva.

“Inadmissível, gestores estarem ameaçando professores. Ameaçando cortar o oxigênio de um pai de uma professora que ficou chorando porque não pode vir para a luta”, disse Mousiely Soares.

Ao ser instado por mais detalhe, Paiva reafirmou a denúncia, mas disse que não podia indicar os nomes, pois estava apurando melhor. para levar o caso ao Ministério Público. Segundo o sindicato, havia denúncia para casa situação de professor: se estava pleiteando ampliação, seria negada; para os temporários, cancelamento automático do vínculo; e falta para os efetivos.

Durante o evento, os professores acusaram a Prefeitura de Sobral de descaso para com as escolas. E o salário dos professores, que já não é lá essas coisas, é usado para comprar suprimentos, como café, açúcar e até papel higiênico. Além de comprar material escolar, como pincel atômico, papel ofício e xeróx. E ainda fardamento dos profissionais, que deveria ser fornecido pela gestão escolar.

O reajuste de 33,24 foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro dia 4 de fevereiro deste ano, e o salário inicial de professores da educação básica passará de R$ 2.886 para R$ 3.845. O governador Camilo Santana anunciou o reajuste de 33,24, dia 9 de março. Já o Prefeito de Fortaleza, José Sarto anunciou o reajustede 33,24% dia 27 de janeiro. De acordo com Gilcélio Paiva, mais de 100 cidades do Ceará já deram o reajuste de 33,24%, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro.

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