Alunos protestam contra assédio sexual na Escola Lysia Pimentel

O protesto aconteceu no pátio da escola e, de acordo com os alunos, a resposta da direção da escola foi pressionar os manifestantes, ameaçando dar nota zero e cortar o estágio.
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Alunos da Escola Estadual de Tempo Integral Lysia Pimentel, no Residencial Caiçara, fizeram um protesto na tarde desta segunda-feira (21), por volta das 12h, contra um professor de Redação de nome Marcos Melo, suspeito de assediar sexualmente uma aluna de 16 anos.

Segundo informações, a mãe da aluna levou o caso à diretora Ana Emília que não tomou providências e teria ficado do lado do professor. A direção da escola apenas mudou o professor de sala de aula. Diante disso, a vítima saiu da escola semana passada e, nesta segunda-feira, seus colegas resolveram fazer o protesto exigindo providências porque temem que nenhuma atitude seja tomada contra o suspeito.

O protesto aconteceu no pátio da escola e, de acordo com os alunos, a resposta da direção foi pressionar os manifestantes, ameaçando dar nota zero e cortar o estágio. Além disso, cortaram a merenda e a água, deixando os alunos sem ter como beber, além de fechar os banheiros durante boa parte do protesto. Moradores da comunidade deram apoio trazendo água para os jovens beber.

A dona de casa Maria Cristina, mãe de uma aluna da escola, disse que está revoltada. “O professor que era para ser exemplo na sala de aula está assediando uma aluna. Poderia ser a minha filha ou qualquer outra aluna. A mãe da aluna vítima de assédio veio hoje falar com a diretora e saiu decepcionada. A diretora disse que a menina era feia e a menina estava no lucro do professora estar assediando ela”, disse a dona de casa.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sobral, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar estiveram na escola. O professor suspeito de assédio foi encaminhado pela PM para a DDM, e os alunos integrantes do grêmio estudantil também foram para prestar depoimento. O Conselheiro Tutelar Wagner Albuquerque disse para o Portal Paraíso que diante da denúncia, alunos e pais ficassem tranquilos que, se for confirmado através da justiça o assédio, o caso não ficará impune, como estavam dizendo os alunos.

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