Milton Ribeiro pede pra sair do MEC e alivia Bolsonaro

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Mesmo sem que as denúncias de corrupção lhe atinjam diretamente e contando com a confiança do presidente Jair Bolsonaro, o titular do Ministério da Educação, Milton Ribeiro pede demissão do cargo e alivia a pressão política.

A atitude é rara no Planalto, pois o ex-ministro deixa o cargo solicitando investigação profunda sobre as denúncias. A favor dele, Ribeiro acionou a CGU em agosto passado quando informado dos indícios de irregularidades. Relatório da CGU, apesar dos indícios, disse não haver qualquer servidor envolvido.

Outra circunstância a seu favor, é o fato de que as deliberações de recurso do FNDE não não de inteira responsabilidade dele, passam por um amplo conselho. Ele deu a entender que voltaria ao governo, quando sua inocência fosse proclamada, como ocorreu durante o governo de Itamar Franco, quando Henrique Hargreaves voltou ao governo 101 dias depois de afastado por não ter culpa no cartório. Certamente, não haverá tempo hábil neste mandato.

Ribeiro se afasta, não por se sentir culpado, mas para evitar contaminar o governo com a sangria por que passa, que lhe enfraquece e atrais as piranhas, ávidas de sangue.

Com a saída de Ribeiro, Bolsonaro antecipa a renovação na Esplanada dos Ministérios, com a revoada de ministros que tentarão alçar voo em direção ao Legislativo e até a executivos estaduais. Além de Ribeiro, ontem foi a vez de mais um se mexer na dança de cadeiras. Luna e Silva deixa a Petrobrás, onde se equilibrava desde o megarreajuste dos combustíveis.

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