Finlândia está preparada para possível confronto com a Rússia

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Desde a invasão à Ucrânia, países vizinhos da Rússia se preparam para uma possível escalada do conflito.

Desde a invasão à Ucrânia, países vizinhos da Rússia se preparam para uma possível escalada do conflito. Entre eles, a está a Finlândia, um país nórdico com mais de 1.300 quilômetros de fronteira com a Rússia. Em entrevista ao jornal Financial Times, a ministra finlandesa para assuntos europeus, Tytti Tuppurainen, disse que o país não será “atingido de surpresa” em caso de ataque de Moscou.

O país conduz planos de “segurança abrangente” para a proteção dos cidadãos desde a 2ª Guerra Mundial. O planejamento é discutido por tomadores de decisão de todos os setores da sociedade que se reúnem regulamente para debater sobre a defesa do país e reação em emergências, além de guerras.

No dia 24 de fevereiro, a Finlândia demonstrou vontade de se juntar à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A entrada ainda é discutida pelos líderes finlandeses, mas pela 1ª vez a maior parte da sociedade apoia a candidatura à aliança. No entanto, a Rússia ameaçou a adesão com “sérias repercussões militares e políticas”.

Em resposta a uma possível ofensiva russa, a defesa civil finlandesa diz que está preparada. Segundo o Ministério do Interior, até 2020, pelo menos 54 abrigos anti-bombardeio haviam sido construídos. Abaixo da capital, Helsinque, há uma rede de túneis de 10 milhões de quilômetros construída desde 1980. Além dos abrigos subterrâneos, o governo indica o uso de estacionamentos subterrâneos, pistas de gelo e piscinas como centros de evacuação. 

Quase 1/3 da população finlandesa de 5,5 milhões de pessoas é reservista das Forças Armadas. A nação nórdica pode recorrer a uma das maiores tropas militares em relação proporcional a seu tamanho na Europa.

O país já enfrentou a União durante o confronto conhecido como a “Guerra do Inverno” de 1939 a 1940. No final do conflito, país perdeu parte de seu território para as tropas soviéticas. “Tivemos experiências ruins em nossa história diversas vezes. Não nos esquecemos delas nunca, estão no nosso DNA“, disse o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, ao FT.

Durante a Guerra Fria, a localização levou a Finlândia a ser neutra, mas depois de entrar para União Europeia em  e se aproximar da Otan há uma urgência para se consolidar como uma nação ocidental independente. “Preparamos nossa sociedade e treinamos para essa situação desde a 2ª Guerra Mundial” disse Tuppurainen.

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