Transportadores de grãos da Argentina entram em greve por frete e alta do diesel

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Paralisação na Argentina inclui não apenas o transporte de grãos, mas também os empreiteiros rurais e àqueles que sofrem com a mesma situação de baixa oferta e venda de combustível superfaturada.

Os transportadores de grãos da Argentina iniciaram nesta segunda-feira (11) uma greve por tempo indeterminado em protesto contra a falta de atualização nos valores do frete de referência, devido ao aumento do preço do diesel, e à falta de oferta do combustível no início da colheita bruta. A convocação da Federação de Transportadores Argentinos (Fetra) é feita ante os constantes aumentos no preço do diesel e a falta de abastecimento de combustível que inviabilizam continuar trabalhando em condições razoáveis.

A greve da Fetra responde à falta de resposta ao chamado da mesa de negociações para atualizar a tarifa nacional de frete de grãos que inclui o preço real do diesel, que, segundo relatos, subiu de 120 pesos para 210 pesos (1,07 a 1,87 dólares) por litro em 15 dias. A medida foi tomada por tempo indeterminado, em todo o país, e inclui manifestações pacíficas ao longo das rodovias, em diferentes cruzamentos rodoviários, armazéns e portos de granel.

“Raramente vi um cumprimento tão grande”, “não há caminhões na rota”, disse à Rádio Rivadavia o secretário-geral da Fetra, Claudio Enri, embora a adesão seja voluntária, porque, segundo ele, inclui não apenas o transporte de grãos, mas também os empreiteiros rurais e aqueles que sofrem com a mesma situação de baixa oferta e venda de combustível superfaturada.

Nas últimas semanas, verificou-se a escassez do combustível na Argentina, obrigando algumas regiões do país a aplicar quotas de entrega em postos de abastecimento e o desenvolvimento de um mercado informal de gasóleo a preços acima da referência. A Câmara da Indústria Petrolífera Argentina (CIARA) alertou nesta segunda-feira em suas redes sociais que a greve organizada pelos transportadores “afeta severamente a cadeia agroindustrial” e que o “Governo não propõe soluções para o conflito ou para a carência.

Fonte: Agência EFE

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