Notificações sobre arboviroses seguem em crescimento no Ceará

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Os números se referem a infecção por dengue, chikungunya e zika vírus.

Os registros de aumento no número de casos de arboviroses no Estado são comparados às cinco primeiras semanas epidemiológicas, deste ano, com igual período de 2021. O salto foi de 738 para 1.869 ocorrências; o que representa elevação de 153,2%.

O município de Barbalha, na região do Cariri, é o que apresenta maior incidência de notificações no intervalo de tempo, com 579 casos registrados por 100 mil habitantes; e foi o primeiro a solicitar o método Ultra Baixo Volume (UBV) – o conhecido fumacê – para combater o Aedes aegypti, causador das doenças. A operação na cidade conta com três ciclos de pulverização, abrangendo 600 quarteirões e envolvendo seis servidores em três carros.

Focos de proliferação do mosquito têm sido encontrados em diversos ambientes, em Sobral (Foto: divulgação).

As borrifações ocorrem seguindo as solicitações emergenciais dos municípios, após análise epidemiológica. De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, há disponibilidade de equipes para atender a novas demandas, assim como “veículos fumacê”, em todas as Regiões de Saúde.

De acordo com a Sesa, o UBV é uma das estratégias de controle do mosquito, mas não a única. A população tem papel importante no combate ao Aedes aegypti. Recipientes ou locais descobertos que possam acumular água podem virar criadouro do inseto. Por isso, os cuidados e a manutenção dos reservatórios devem ser constantes, sendo realizados, pelo menos, uma vez por semana.

“Este aumento acende um alerta muito importante, principalmente, neste período de chuvas em que alguns reservatórios ou recipientes podem estar disponíveis ou descobertos, sendo um ambiente favorável para o Aedes aegypti. É um momento de redobrar ainda mais os cuidados e verificar se na sua residência existe algum depósito que esteja destampado, porque ele pode virar um criadouro do mosquito”, orienta a secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde, Ricristhi Gonçalves.

A elevação das notificações foi puxada pelos casos suspeitos de dengue, que cresceram de 667 para 1.470, e de chikungunya, com salto de 66 para 392 casos. As notificações de zika caíram de 15 para sete. Segundo o Boletim Epidemiológico, no cenário de crescimento das notificações, outros municípios da região do Cariri têm sido monitorados, como Juazeiro do Norte, Crato e Brejo Santo.

Em Sobral, maior município da Zona Norte do Estado, durante as visitas domiciliares dos agentes de endemias nos três primeiros meses deste ano, foram encontrados focos do mosquito. O primeiro ciclo de combate às arboviroses iniciou em janeiro e encerrou em março. Nesse intervalo, foram encontrados 972 focos nos imóveis, o que representa um aumento de 260% em relação ao mesmo período de 2021. Até o prefeito, Ivo Gomes, entrou nas estatísticas, ao contrair dengue.

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