O ano de 2022 já é considerado um dos melhores em chuvas no Ceará

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As precipitações, que caem sobre o Estado, desde o início do ano, seguem superando marcas.

De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), este ano é um dos melhores em índice pluviométrico da última década, não esquecendo o longo período de estiagem registrado entre 2012 e 2018. O número de reservatórios sangrando, em abril, já é mais que o dobro do registrado em igual período do ano passado.

Conforme os dados da Cogerh, atualmente, há 28 açudes sangrando. Em abril do ano passado, eram 12. Hoje, além dos reservatórios que já verteram, outros nove estão com mais de 90% de volume acumulado e também se aproximam da sangria. O mais recente açude a verter foi o Junco, na cidade de Granjeiro, no Sul do Estado. O reservatório, que é a principal fonte de abastecimento do município, não sangrava há dez anos e, em 2017, chegou a ficar totalmente seco. Naquele ano, a população ficou sendo atendida por poços profundos.

Açude Junco, na cidade de Grangeiro, atinge sua capacidade máxima (Foto: divulgação).

O reservatório está na Bacia do Salgado, que possui 54% de volume acumulado. De acordo com o gerente regional da Cogerh no Cariri, Alberto Medeiros, este índice atual confere garantia de abastecimento para o Sul do Estado por, pelo menos, dois anos.

Ao todo, os 155 açudes cearenses monitorados pela Companhia acumulam 33,1% de volume. Este é o melhor índice dos últimos 8 anos, ficando atrás, apenas, do ano de 2013, quando os reservatórios acumulavam, em igual época do ano, 42,33%. Dos três maiores reservatórios cearenses, o Açude Orós, na cidade de igual nome, é o que possui o melhor volume. Atualmente, seu índice é de 43,86%, o melhor desde 28 de setembro de 2014.

O Castanhão, maior açude da América Latina para múltiplo uso da água, ganhou importante recarga neste ano. Ele acumula 18,40% de volume hídrico. A reserva é a melhor, desde 17 de julho de 2015. O açude foi o que ganhou maior recarga neste inverno. com mais de 600 milhões de metros³ aportados. Já o Banabuiú, terceiro maior açude do Ceará, apresenta cenário mais delicado.

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