Brasil: uso da tecnologia tem se mostrado viável na melhoria da produtividade no campo
Entre as inovações está a automação da alimentação servida em confinamento.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o setor representa cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gera emprego para, pelo menos, 10% da população economicamente ativa do país. Essas atividades estão sendo cada vez mais aprimoradas, com o uso de novas técnicas, novos profissionais e, principalmente, novas tecnologias.
Em meio a tantas atividades, a automação da alimentação dos animais tem representado uma grande inovação tecnológica no setor da pecuária. O objetivo desse sistema é melhorar a forma de misturar e depositar a ração no cocho para os animais, diminuindo, assim, a mão de obra humana necessária no empreendimento, além de administrar melhor a nutrição de cada lote ou indivíduo, o que otimiza o ganho de massa dos animais.
Na prática, o processo é feito a partir de trilhos aéreos, no qual o equipamento, conhecido como MIX Feeder, fica suspenso. Ao ser acionado por um motor, o recipiente carregado de ração se movimenta pelos trilhos e uma rosca faz com que uma quantidade de alimento controlada pelo sistema automático caia, sendo essa quantidade previamente estabelecida para cada animal ou lote.
Os trilhos enviam sinais elétricos para o controlador. E, após receber os sinais, o controlador identifica a posição do recipiente responsável pela alimentação dos animais. De acordo com a programação feita, previamente, a quantidade adequada de ração é entregue aos animais, por meio de abertura e fechamento da parte inferior, local do qual a ração cai para os animais.
De acordo com o zootecnista, Fernando Parra, a troca da pastagem pelo alimento servido no cocho ajuda a aumentar o peso dos animais. “Essa ração tem soja, milho, um combinado de sais minerais e muito feno, que é o capim seco, também chamado de volumoso. Ele é uma importante fonte de fibra na dieta dos bovinos, ajudando na digestão”, explica.
E no que se refere a investimento financeiro, o zootecnista afirma que “tecnologia nem sempre é sinônimo de alto custo para o criador. Quando a gente fala em tecnologia, tem muitas ações simples que o pequeno criador também pode fazer. Ao falar de alimentação em confinamento, um exemplo é fazer uma leitura de cocho de manhã. Fazer uma boa limpeza de bebedouro, também, é bom para manter um maior controle da saúde animal”, orienta.