Comunidade Quilombola de Sobral luta por reconhecimento

Compartilhe

Localizado no distrito de Patriarca, o grupo de Jardim participa de uma série de atividades sociais ao longo do ano. E aguarda certificação da Fundação Palmares.

A coordenação dos Direitos Humanos da Secretaria dos Direitos Humanos e da Assistência Social (Sedhas) de Sobral iniciou o calendário de visitas, deste ano, à comunidade quilombola de Jardim, no distrito de Patriarca. Nessa primeira visita, a supervisora do Núcleo da Igualdade Racial, Dorinha Malheiros, reforça, junto às famílias, a importância das atividades propostas. “O momento foi propício para reafirmar e fortalecer, ainda mais, o vínculo com a comunidade; como também, articular o calendário de encontros e formação para o ano de 2022”, afirma a supervisora.

Desde 2017, a Coordenadoria dos Direitos Humanos tem dado suporte ao processo de fortalecimento da identidade quilombola e autorreconhecimento para 27 das famílias que compõem a comunidade de Jardim. Esse processo envolve, também, a Coordenação das Comunidade Quilombolas do Ceará (Cerquice) e o reconhecimento pela Fundação Palmares, do Governo Federal, ainda em análise.

Comunidade quilombola de Quixadá segue com articulações e projetos de integração social (Foto: divulgação).

Mas a falta da certificação não impede que a comunidade se integre a ações que tragam benefício social. Em 2018, a Sedhas, por meio do Núcleo da Igualdade Racial, articulou, juntamente com a Cerquice, e o Governo do Estado, a inclusão da comunidade quilombola do distrito de Patriarca entre os beneficiários do Projeto Zumbi. Com a contemplação, as famílias passaram a receber, naquele ano, recursos financeiros para desenvolver projetos de empreendedorismo social. Ao todo, dez famílias remanescentes de quilombos foram beneficiadas no distrito, a única comunidade do tipo, no município de Sobral.

De acordo com levantamento da Secretaria de Educação do Estado, existem comunidades remanescentes de quilombolas em quase todo o Brasil. Exceto nos estados do Acre, Roraima e no Distrito Federal. No Ceará, esses grupos são encontrados em quase todos os municípios. Até o momento, 42 das mais de 70 comunidades identificadas, já foram reconhecidas e certificadas pela Fundação Cultural Palmares.

As comunidades se localizam nos municípios de Tururu, Porteiras, Horizonte, Aquiraz, Ocara, Potengi, São Benedito, Monsenhor Tabosa, Pacajus, Quiterianópolis, Tauá, Croatá Araripe, Novo Oriente, Quixadá, Baturité, Ipueiras, Salitre, Tamboril, Aracati, Crateús, Coreaú e Moraújo. Ao todo, nesses territórios, existem 36 escolas públicas, 1 escola privada e 1 escola de Ensino Médio.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content